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sexta-feira, 14 de março de 2014

Poluição atinge nível crítico e Paris terá transporte gratuito

Transporte público será gratuito a partir desta sexta-feira até o domingo, para evitar número de carros nas ruas; poluição de Paris atingiu níveis de Pequim

Segundo o Ministério do Meio Ambiente da França, a poluição chegou a níveis críticos especialmente pelo clima Foto: AP

Segundo o Ministério do Meio Ambiente da França, a poluição chegou a níveis críticos especialmente pelo clima Foto: AP

Autoridades da capital francesa anunciaram ontem que o transporte público será gratuito neste fim de semana. A iniciativa é para reduzir o número de veículos nas ruas e combater a poluição do ar na cidade, que chega a níveis críticos.

Especialistas disseram que, nos próximos dias, a poluição do ar em toda França será excepcionalmente prejudicial à saúde Foto: AFP

Especialistas disseram que, nos próximos dias, a poluição do ar em toda França será excepcionalmente prejudicial à saúde, chegando a níveis semelhantes aos de Pequim, capital da China.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente da França, a poluição chegou a níveis críticos especialmente pelo clima: a falta de vento, juntamente com noites frias e dias quentes, têm contribuído para uma maior concentração de partículas poluentes na atmosfera. Tais partículas são emitidas principalmente por veículos e, por isso, autoridades pediram que caminhões fossem banidos de circular na capital nos próximos dias.

Outras cidades francesas, como Caen, Reims e Rouen, também vão oferecer transporte gratuito nos próximos três dias.

A poluição do ar francês afetará também países próximos, incluindo a Bélgica, onde as autoridades já fazem reduções nas velocidades permitidas nas ruas e estradas, para reduzir a concentração de partículas poluidoras na atmosfera.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, a poluição do ar tornou-se um problema de saúde pública, aumentando o risco de doenças respiratórias e de problemas de coração. Pesquisas recentes indicam que 223 mil pessoas morreram de câncer de pulmão em 2010, resultado da poluição atmosférica. A instituição classificou as condições do ar mundial como “cancerígenas para humanos”.

Com informações da AFP.


Trânsito Escola – A poluição atmosférica, principalmente ocasionada pelos veículos motorizados terrestres, nas grandes metrópoles, especialmente, os veículos particulares, têm contribuído para o aumento de gases nocivos ao ser humano, aos demais seres vivos e ao meio ambiente em geral.

No Brasil, na década de 1980, com o crescimento da frota automobilística, o Governo Federal propôs o estabelecimento de um programa de controle de poluição veicular, o que foi feito por meio da resolução do Conama nº 18, de 06 de maio de 1986.

Em 2012, André Luis Ferreira, diretor-presidente do Iema, contou que o padrão brasileiro estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) em 1990 permaneceu o mesmo desde então, enquanto no resto do mundo costuma ser revisto periodicamente. Ferreira também disse que os limites reconhecidos já eram usados pelos primeiros programas de monitoramento de qualidade do ar no Brasil criados na década de 1970. “Alguns valores na resolução do Conama estão completando quase 40 anos. Não houve revisão, nem se discute o assunto”, afirmou. Outro problema apontado por Ferreira diz respeito às particulado mais finas, com até 2,5 micrômetros (milésimos de milímetro) de diâmetro.

“Quanto mais fino for o material particulado, mais perigoso ele é para a saúde, então a primeira grande falha de nosso programa de qualidade do ar é não incluir o MP2,5”, profere Ferreira.

Perigo nas políticas de mobilidade urbana e às ambientais

Ferreira fez um alerta quanto às políticas ambientais em relação à poluição atmosférica e as políticas de mobilidade urbana no país:

“Não adianta nada estabelecer padrões rigorosos se não há monitoramento, única maneira de observar se eles estão sendo atendidos. Há grandes capitais do país em que milhões de pessoas estão vivendo sem nenhum monitoramento do ar que respiram. É preciso integrar as políticas de transporte e mobilidade urbana às ambientais”.

Conclusão

Enquanto nos demais países há políticas sérias de controle e monitoramento da qualidade do ar, no Brasil as políticas ambientais relacionadas, principalmente, a mobilidade urbana, não deixam dúvidas de que o consumismo, pela forte pressão dos lobistas, das indústrias automobilísticas, ditam regras ao Governo Federal. Em 2013, o Governo Federal reduziu o IPI incentivando o consumo,de veículos particulares, o que aumentou a frota veicular nas vias públicas terrestres abertas à circulação,o aumento da poluição atmosférica e doenças orgânicas e psicossomáticas.

Nos municípios, os lobistas das empresas de ônibus cada vez mais ditam regras. A frota de ônibus, na maioria do Brasil, não dá segurança aos usuários - pedestres, ciclistas e demais condutores motorizados –, pois as condições de manutenção são precárias. É comum ver ônibus com pneus carecas (sulcos abaixo de 1,6 mm), assentos semissoltos, sistema de freio comprometido, entre muitos outras violações às garantias fundamentais dos passageiros. A prefeitura, por sua omissão em fiscalizar, eficientemente, ou Deus sabe lá o porquê, nada faz de concreto (competente e eficiente).

A política de mobilidade urbana nas cidades brasileiras são as piores possíveis, quando se comparam realidade e leis (LEI Nº 12.587, DE 3 DE JANEIRO DE 2012. , LEI Nº 8.987, DE 13 DE FEVEREIRO DE 1995 ( Art. 6°) e LEI No 10.257, DE 10 DE JULHO DE 2001 (Estatuto da Cidade)

Para saber mais acesse (Ministério do meio Ambiente):

1º Inventário Nacional de Emissões  Atmosféricas  por  Veículos

PROCONVE: PROGRAMA DE CONTROLE DE POLUIÇÃO DO AR POR VEÍCULOS AUTOMOTORES

PROMOT - PROGRAMA DE CONTROLE DA POLUIÇÃO DO AR POR MOTOCICLOS E VEÍCULOS SIMILARES

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