Cadeirinha: Crianças com mais de 4 anos podem viajar sem o equipamento, apenas com o cinto de dois pontos
O uso de cadeirinhas em carros por crianças menores de 7 anos sofreu alteração pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) esta semana. A nova regra permite que veículos fabricados antes de 1998, que possuem o cinto de segurança de dois pontos (abdominal),
transportem crianças acima de 4 anos sem o assento de elevação. Além disso, as famílias podem viajar com crianças de idade inferior a 10 anos no banco da frente, com o uso de equipamentos de segurança.De acordo com a Assessoria de Imprensa do Contran, crianças com menos de 10 anos podem ser transportadas no banco da frente desde que estejam em assentos de elevação e não haja cinto de três pontos no banco traseiro. "Se houver vaga no banco de trás com o cinto de três pontos, a família deve colocá-la atrás", orientou o órgão. Com relação aos carros mais antigos, em que a maioria dos cintos traseiros é de dois pontos, o Contran disse que crianças com mais de 4 anos podem viajar sem o equipamento de elevação. "Como no mercado não há mais cadeirinhas para utilização com o cinto de dois pontos, o Contran liberou, mas não é o mais adequado".
Segundo o tenente-coronel Carlos Gomes, comandante do 32º Batalhão da Polícia Militar, em Suzano, a PM está fazendo uma orientação à comunidade em geral sobre as novas regras do uso da cadeirinha em carros, porém, as pessoas que estão descumprindo a lei correm o risco de ser notificadas. "A operação de trânsito que é feita na cidade tem analisado três pontos: fluidez, segurança do trânsito e fiscalização. Se o policial constatar alguma irregularidade, ele irá notificar", alertou.
Cuidados
O comandante do 17º Batalhão da PM, em Mogi, tenente-coronel Paulo Roberto Madureira Sales, afirmou que o uso do cinto de dois pontos pode ocasionar o deslocamento da coluna nas crianças. "A lei foi quem errou. Não cabe a nós mudar", ressaltou.
De acordo com o fisioterapeuta Henrique Setani, o uso do cinto de dois pontos não é adequado para adultos e muito menos para os pequenos. Segundo ele, se uma criança sofre uma colisão leve, não há problemas, mas se a colisão for mais forte, pode ter efeito psíquico. "As regiões mais afetadas são o tórax, que não estará preso, e o pescoço. O uso do cinto de dois pontos não é adequado para nenhuma faixa etária, mas o fato de não utilizá-lo, caso não haja outra opção, é muito pior", observou.
O fisioterapeuta considera correta a medida de transportar menores de 10 anos no banco da frente, desde que o veículo não tenha cinto de segurança de três pontos no banco traseiro e que elas estejam com o assento de elevação. "O mais seguro é transportar no banco de trás com a cadeirinha apropriada à idade".
Fonte: MogiNews