Eis os verdadeiros anjos da guarda em carne e osso.
Todos os dias, infelizmente há imprudentes e negligentes no trânsito, salvam vidas nas vias terrestres. Com coragem, dedicação e amor à profissão e ao ser humano se colocam a disposição do povo brasileiro. Mesmo sob perigo não descuidam do objetivo: salvar vida. Mas a realidade não é tranquila para esses profissionais.
Muitos batalhões não dispõem de equipamentos adequados para o salvamento ou estão em sérios estados de conservação.
Comparado com os demais países o bombeiro brasileiro está usando baldes para apagar incêndios em geral e transitando com charretes. O salário também é outro problema comparado com os demais países. Contudo, apesar dos entraves, jamais deixam de socorrer e, muitas vezes, se esquecem da própria família – esquecer é dizer que quase não tempo para se dedicar a própria família devido ao cansaço mesmo em regime de escala. Não se pode esquecer que a profissão é militar e como tal há um estresse maior do que um civil. A burocracia mina as resistências de qualquer pessoa.
O estresse desse profissional é imenso. Imagine ter que agir com frieza a todo o momento, cuidar e proteger a vida de uma vítima e cuidar da própria vida. Há a exposição a vários tipos de doenças também. Enfim, pode-se se dizer que são anjos na Terra.
Atualmente esses profissionais dispõem de motocicletas para socorrer acidentados de trânsito. Diante do trânsito caótico as motos oferecem rapidez ao socorro – quanto mais demorado a prestação de socorro em vítima grave maior a chance de ter complicações ou morrer. Porém, apesar de serem bombeiros, encontram também outros motoristas que não respeitam a prioridade de circulação.
Quantas vezes eu vi motoristas de veículos particulares não saírem da frente para poder passar o veículo do bombeiro e quantas vezes eu também vi pessoas dizerem que “é só para passar na frente dos demais veículos”. Alguém tem bola de cristal ou é vidente? Não importa se há ou não alguém no veículo de corpo de bombeiros – a menos que vá segui-lo e constatando que foi só para abrir caminho poderá fazer uma reclamação a corporação ou relatar o fato com um policial porque o uso de dispositivos, luminoso e sonoro, só podem ser acionados quando em atendimento a vítima de trânsito – deve-se dar passagem.
Dia 20/09/2010, continuando com a matéria Profissionais do Trânsito: “Policiais: a nobreza e decadência da instituição”
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