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quinta-feira, 20 de março de 2014

Servidores do Detran e Sefaz são suspeitos de adulterar documentos de veículos

A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf), da Polícia Judiciária Civil, em conjunto com Comando Regional 2 da Polícia Militar. Ao todo, 13 mandados de busca e apreensão domiciliar estão sendo cumpridos nos municípios de Várzea Grande, Cuiabá e Itanhangá, na operação “Clone”, deflagrada nesta quarta-feira (19). A ação foi determinada pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) para combater o elevado índice de roubos e furtos de veículos na região metropolitana. As ordens são cumpridas em residências de dois servidores públicos, dois despachantes (duas casas e escritório) e pessoas suspeitas de adulterar chassis e falsificação de documentos.

As investigações identificaram o envolvimento de 14 pessoas, que irão responder por crimes de roubos, falsificação de documento público, adulteração de sinal identificador de veículo, quadrilha ou bando e associação ou bando.

Todos os suspeitos, segundo as investigações comandadas pela Derf/VG, estão envolvidos em esquema de roubo/furto, adulteração e clonagem de veículos roubados e furtados na Grande Cuiabá, cujos automóveis, caminhonetes e motocicletas voltam a circular com como se fossem regulares.

Em agosto de 2013, a Polícia Civil identificou que uma grande quadrilha estaria por traz do crescimento das estatísticas de roubos e furtos de veículos na região metropolitana. A partir daí, a Derf intensificou as investigações e no dia 10 de janeiro deste ano prendeu cinco integrantes da quadrilha especializada em roubo/furto de veículos, adulteração de chassi e falsificação de documentos.

Com os presos, a Polícia Civil apreendeu várias ferramentas usadas na remarcação de chassis, como pinos, furadeira e máquina lixadora, além de três motocicletas adulteradas, um revólver calibre 38, algema, celulares, entre outros. Também foram apreendidos cerca de 2 quilos de maconha.

De acordo com o delegado Wagner Bassi, que comanda a operação junto com o delegado titular da Derf, Francisco Kunze, os mandados cumpridos nesta quarta-feira objetivou apreender documentos falsos, equipamentos, computadores, armas de fogo, veículos roubados, dentre outros apetrechos utilizados pela quadrilha.

O delegado explicou que as investigações identificaram mudança no destino dos veículos subtraídos. Segundo ele, historicamente a maioria dos veículos dos veículos roubados/furtados eram levados para países vizinhos, como o Paraguai e a Bolívia, onde eram trocados por entorpecentes, sendo este, em seguida, introduzido no Brasil alimentando assim o comércio ilícito de entorpecentes. “Todavia, as investigações apontaram que os veículos, em grande parte, são ‘clonados’ e permanecem no Brasil”, disse.

A Justiça não concedeu ordem de prisão para os suspeitos, mas todos serão indiciados no inquérito policial.

O esquema

O esquema funcionava da seguinte forma: o veículo é roubado ou furtado. A quadrilha entra em contato com o articulador do esquema e informa os dados do veículo roubado. Em seguida o articulador, com informações privilegiadas dentro do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), obtinha dados de veículos idênticos e com situação de regular.

Na sequência, o articulador entrava em contato com despachantes que providenciavam documentos dos veículos, através de falsificação ou segunda via junto ao Detran. O articulador também providenciava a adulteração do chassi com criminosos especializados e encomendava placas do veículo lícito e uma vez instalado, o veículo era vendido como se fosse regular ou “finan” - quando o veículo é vendido como se tivesse apenas restrição financeira e o comprador circula livremente.

Participam da operação 10 delegados, 30 investigadores, 4 escrivães e 40 policiais militares, sendo 10 oficiais da PM.

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