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terça-feira, 4 de junho de 2013

Rio de Janeiro, Cubatão, Região Metropolitana de Campinas (RMC) e Região Metropolitana de São Paulo são as regiões mais poluídas

A Cetesb, Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, mudou os padrões de qualidade do ar em território paulista, passando a adotar as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em setembro de 2011 a OMS divulgou o ranking das regiões mais poluídas do mundo e as líderes da poluição no Brasil eram o Rio de Janeiro, Cubatão, Região Metropolitana de Campinas (RMC) e Região Metropolitana de São Paulo. A adoção de novos padrões de qualidade do ar vinha sendo defendida há muito tempo por ambientalistas e especialistas acadêmicos. Eles consideravam os índices oficiais como muito conservadores para as necessidades de garantia de qualidade do ar e de saúde dos paulistas e brasileiros em geral.

As mudanças no padrão de qualidade do ar em São Paulo foram associadas a três metas progressivas e intermediárias  a serem cumpridas, até chegar ao padrão final em todo estado, recomendado pela OMS. Já começou a ser  aplicada a meta 1 e, depois de análises da situação, haverá uma  definição de quando vão vigorar as metas mais rígidas.

Com as mudanças promovidas pela Cetesb, a partir do final de abril de 2013, uma qualidade do ar com índice entre 81 e 120, por exemplo, passa a ser considerada ruim, enquanto pelos padrões anteriores índices entre 101 e 199 eram considerados apenas inadequados, conforme tabela abaixo. Um índice é composto pelos indicadores de poluição de material particulado, ozônio, monóxido de carbono, dióxido de nitrogênio e dióxido de enxofre.

Os valores específicos para cada um desses indicadores também foram modificados. No caso do indicador de ozônio, por exemplo, uma emissão de 0 a 80 microgramas por metro cúbico era considerada na faixa de boa qualidade, e entre 80 a 160 microgramas por metro cúbico, na faixa de qualidade regular. Entre 161 e 200, inadequada. Na nova classificação, a emissão de até 100 microgramas é considerada boa, mas entre 100 e 130, como moderada. Entre 131 e 160 já é considerada ruim.

O Relatório da Qualidade do Ar no Estado de São Paulo de 2012 apontou o crescimento do número de ultrapassagens dos padrões adequados de ozônio em Americana e Paulínia, na Região Metropolitana de Campinas, e também em Jundiaí e Piracicaba, nas vizinhanças. Em Americana, foram sete ultrapassagens e nenhum estado de atenção em 2008. Em 2012 foram nove ultrapassagens e nenhum estado de atenção. Em Paulínia, 12 ultrapassagens e um estado de atenção em 2008, e 32 ultrapassagens e 7 estados de atenção em 2012.

Em Jundiaí, 10 ultrapassagens e 2 estados de atenção em 2008, e 34 ultrapassagens e 10 estados de atenção em 2012. Em Piracicaba, sete ultrapassagens e nenhum estado de atenção em 2008 e nove ultrapassagens e nenhum estado de atenção em 2012. Esses números indicam que toda a região de Campinas está vulnerável à formação de ozônio, considerando que este gás pode ter origem a grandes distâncias.

Com padrões de qualidade mais “apertados” para todos emissores, é provável que o número de ultrapassagens e estados de atenção aumente, se não forem de fato alcançadas as novas metas estabelecidas. Altas concentrações de ozônio na baixa atmosfera podem agravar sintomas respiratórios, inclusive com a possibilidade de mortes prematuras em casos mais graves.

(Fonte: Campinas + Solidária)

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