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sexta-feira, 14 de junho de 2013

Protestos contra aumento de tarifa de ônibus

Brasil Progresso – Os protestos contra os aumentos de tarifas de ônibus continuam no Brasil. O aumento de R$ 0,20 (vinte centavo) é largamente frisado pelas principais mídias jornalistas do Brasil como se as ações de protestos fossem absurdos.

Pode não parecer, mas aumento de R$ 0,20 é muito se comparamos o pobre poder do piso salarial nacional. Qualquer aumento, por mais insignificativo, a quem ganha mais de R$ 3.000,00 (três mil reais), que seja, representa diminuição na qualidade de vida do povo brasileiro (neste aspecto, o termo “povo” se refere aos milhões de brasileiros que ganham menos de R$ 200,00 (duzentos reais), já que o salário mínimo, mesmo sendo incapaz de gerar qualidade de vida, é para pouquíssimos.

Por outro lado, os manifestantes estão errados quanto aos vandalismos e perturbações que ocasionam aos demais concidadãos usuárias de vias terrestres. Constitucionalmente, todos têm direito a se reunirem, pacificamente, desde que não frustrem outras manifestações, bastando, apenas, o prévio comunicado as autoridades competentes para que estas possam proporcionar segurança nas localidades que ocorrerão as manifestações.

A proteção fornecida pelos policiais não é de reprimir qualquer manifestação, mas criar condições favoráveis para a realização da manifestação. É o uso de cones, sinalizadores, acompanhamento por policiais motorizados ou não. A repressão quanto à manifestação de ideias é condenável pela Constituição Federal, de 1988.

Mas o que tem chamado a atenção de muitos brasileiros são os atos de vandalismos ocasionados pelos manifestantes. Depredações de patrimônios público e particular se tornaram comuns. O que era legal passou a ser ilegal aos olhos da justiça.

Brasil Progresso defende, sim, manifestações que conclamem os brasileiros contra impunidades aos corruptos políticos, aos policiais coniventes com narcotraficantes, perseguições religiosas, partidárias etc.

Brasil Progresso, por sua vez, condena quaisquer atos de vandalismo que de nada contribuem para a materialização, eficaz, da democracia brasileira. Quaisquer atos de depredação contra veículos, residências, lojas etc. devem ser combatidos pelas autoridades públicas através de ações ostensivas.

O manifestante que depreda uma loja, residência, carro estacionado na rua, não age democraticamente, isto é, não age dentro dos preceitos vigentes constitucionais. Destruir qualquer patrimônio público, ou particular, como forma de forçar os governantes a mudarem é apontar arma contra a própria cabeça. O que era para servir como conclame aos demais concidadãos passa a ser ato condenável à luz do discernimento. Ninguém tem que pagar pelos erros, incompetências dos gestores públicos, que não fazem a lição de casa direito – proporcionar qualidade de vida aos brasileiros como: combater a corrupção administrativa, condenações eficientes aos ímprobos agentes públicos; melhorias no saneamento básico, na saúde, nos estabelecimentos de ensino etc.

Manifestação que surte efeito é aquela que segue os preceitos constitucionais e sucinta ideias, discernimentos capazes de tirar os demais concidadãos da inércia, do comodismo político.

Não estamos mais diante de governos tiranos, autoritários, como aconteceu de 1964 a 1985 (Golpe Militar). Estamos num Estado Democrático de Direito, onde cada cidadão, ativo ou passivo, deve obedecer os preceitos constitucionais. Se houver abuso de poder, que se faça justiça, assim como depredações de manifestantes.

O Brasil não pode aceitar justificativas de depredações a favor de mudanças. Não, não é assim que se muda um país. Quem viveu nos anos de 1964 a 1985, agiram, como agiram, como forma de se defenderem de cacetadas de ações políticas movidas por ideologias diversas dos anseios dos brasileiros (Guerra Fria). Foi necessário responder, proporcionalmente, os ataques sofridos. E quem agiu, naquelas épocas conturbadas, violadoras, dos direitos humanos fundamentas da pessoa humana, como as conhecemos atualmente, não tiveram escolhas diante do silêncio internacional.

Atualmente, o Brasil é signatário de várias convenções internacionais e o mundo, em si, mudou, pois, cada vez mais, os Direitos Humanos são defendidos internacionalmente. Com o advento da massificação da internet qualquer brasileiro pode se socorrer (Anistia Internacional) quando violado por atitudes fascistas, ditadoras, internas.

O uso de força bruta, como foi usado no período do golpe militar, não condiz com a condição atual do Brasil. Brasil Progresso propõe aos manifestantes ação que pode favorecer e tirar a imagem imputada de estarem agindo como vândalos, e não como cidadãos: protestar contra os condenados no mensalão e, ainda, a impunidade a eles; contra os aumentos de subsídios dos parlamentares e o aumento vergonhoso do piso salarial nacional; contra edificações de clubes, áreas de lazer, enquanto escolas, hospitais, saneamento básico, moradia, não deixados, sempre, em última instância – quando alguém morrer soterrado, ou quando noticiários internacionais envergonham o Brasil.

Isto é ser democrático, ser cidadão, ser universal. E assim foram os cidadãos durante o Golpe Militar: um por todos, todos por um.

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