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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Piada maldosa sobre extinção do balsa família e realidade do Brasil

Brasil Progresso/Trânsito Escola – Bolsa Família é um esforço do Estado em diminuir as desigualdades sociais no Brasil. Representa na prática tirar milhões de brasileiros, que até então, eram excluídos, delegados a última instância na desqualificação da qualidade da via humana.

A importância quanto ao bem-estar, aos direitos e garantias fundamentais da pessoa humana, aos excluídos sociopoliticamente, surgiu com a gestão do ex-presidente da República, Fernando Henrique

Cardoso. Seus decretos visavam à diminuição da pobreza, da miséria de muitos brasileiros, em pleno século XX, e num país rico em terras extensas (ecúmenos), produções de grãos, frutas etc.

Seus seguidores, de partido político diferente, como o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e da atual presidenta da República, Dilma Rouseff, não extinguiram tais medidas de ajuda – melhor dizendo, de direitos preconizados na CF, de 1988, como contido no artigo 3° – aos necessitados, aos esquecidos por décadas.

Contudo tais ajudas passaram a ter conotações de exaltação política – eleição e reeleição – e não ajuda real ao povo. Outra fundamental questão é que tais ajudas não é a ajuda, ou melhor, o direito real dos excluídos, dos esquecidos. Direito real é poder trabalhar e ter salário mínimo digno, que atenda as necessidades básicas.

Apesar de algum avanço social, o Brasil, as políticas sociais estão muito longe dos preceitos contidos na CF, de 1988. Houve pincelada aos direitos, e não efusão de cumprimento em tornar o Brasil um país justo, igualitário, sem preconceitos.

Boa parte do poder aquisitivo está nas mãos de pouquíssimos brasileiros numa demonstração que as riquezas nacionais são más distribuídas. Brasil Progresso sempre demonstrou isso, pois cada vez mais há distanciamentos entre as classes sociais, nos direitos e deveres.

Justiça é para poucos, ou melhor, quem tem dinheiro para pagar advogados particulares consegue prescrição de processo, defesa dos direitos em amplitudes condizentes com a CF, já aos que não possuem condições de contratarem escritórios de advocacia, e respectivos advogados particulares, à certeza de penar para ter algum direito frente a morosidade e burocracia das Defensorias Públicas.

Antes, das reformas sociopolíticas, de Fernando Henrique Cardoso, gueto era sinônimo de favelados, pessoas destituídas de ações do Estado. Agora, século XXI, para ser exato em 2013, os guetos (confinamento) mudaram: é a classe alta com edificações que atendam todas as necessidades dos moradores sem precisarem de se aventurarem nas vias públicas recheadas de balas perdidas, confrontos armados entre policiais e narcotraficantes, incêndios criminosos aos ônibus e toda desventura numa terra de barbáries.

A Bolsa Família não pode ser mais um tapa boca ao povo – se este não estiver satisfeito com a esmola –, pois não atende as necessidades básicas do ser humano. Se compararmos as riquezas nacionais, com as potencialidades do Brasil (sexta economia mundial), a bolsa família é indecorosa, vergonhosa, subterfúgio às condições reais na política brasileira: muitos impostos e poucos investimentos efetivos ao desenvolvimento do país, sem distinções regionais, de estratificações sociais; improbidades administrativas constantes, e muitas sem soluções reais quando se diz respeito à condenação dos ímprobos (mensalão é um caso realístico, assim como as manobras dos mensaleiros para se esquivarem das condenações – até enfraquecer o poder do STF, numa demonstração plena de Golpe de Estado, por inconstitucionalidade), que continuam a lesar à nação, o povo brasileiro; os aumentos de subsídios que espantariam e envergonhariam os constituintes originários, os cidadãos de 1985, e os aumentos, de menosprezos, ao piso salarial nacional. Eis alguns dos pontos fundamentais que distanciam o Brasil de ser país justo, igualitário, equânime.

Cada vez mais, por culpa exclusiva dos gestores públicos, o brasileiro se vê na condição de cobaias, de peças, de interesses unilaterais. Analogamente ao filme Matrix, o brasileiro é alimentado, protegido, acudido, de forma ilusionista, por políticas que não resolvem substancialmente os problemas seculares do Brasil.

O autor de boato sobre Bolsa Família é 'desumano' e 'criminoso', diz Dilma; mas mais criminosa é a política que se vê no Brasil, políticas, melhor dizendo, que dá sensações de grandiosidade, status (pela elevação social – que será tema de outra matéria de Brasil Progresso), conforto, segurança, tranquilidade.

O Brasil vive na mais horrenda política populista dos últimos tempos, pois há isenções de impostos federais, há incentivos ao consumismo pelo “poder” de compra dos brasileiros – graças às extensas parcelas com juros exorbitantes, e não o poder de compra do salário mínimo: pagar à vista, por exemplo, compra de alimento, que é necessidade básica, mas, pelo salário mínimo, que não atende 1/12 (um doze avos) das necessidades básicas do brasileiro, ao cidadão resta comprar sua cesta básica através de crediário, que a cada dia se vê endividado – e veja a lógica da ilógica dos especialistas em economia: fazer empréstimos a juros baixos para pagar dívidas; o problema está no fato de o brasileiro não possui poder real aquisitivo monetário para saldar tantas dívidas, e muito menos do empréstimo do empréstimo.

Eis o Brasil, eis as politicagens. Está na hora de mudar, de ter políticas reais de combates efetivos aos atos de improbidades administrativas, de dar aumento real ao salário mínimo para prover as necessidades básicas (moradia, alimentação, vestuário, higiene, saúde, educação), sem que os brasileiros se endividem com os cartões de crédito, sem empréstimos bancários.

Como educar um povo a não se endividar se as dívidas são oriundas do baixo poder aquisitivo monetário? Não se fala em compras, aquisições supérfluas, mas compras, aquisições necessárias: ou o cidadão paga a prestação da casa própria - quando tem condições para pagar as prestações da casa própria, que são minorias -, ou paga a escola do filho, ou o plano de saúde, ou as passagens de ônibus, ou pagar a compra do mês.

País das Maravilhas! Para terminar, se o Brasil é bom, ou ótimo, por que ainda há muitos brasileiros querendo viajar, e até residir, nos EUA (que teve economia abalada), no Oriente Médio (com suas guerras intermináveis)? Algo de estranho há. Ninguém em sã consciência deixará seu país de origem para se aventurar em terras estranhas a procura de melhorias social (necessidades básicas) e política (efetivação das garantias fundamentais da pessoa humana).

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