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quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Aumento do combustível é bom plano de governo?

Trânsito Escola – O Governo Federal incentivou o povo brasileiro a comprar carros com reduções do IP. Muitos brasileiros aderiram a oportunidade e o sonho se fez possível.

Agora, o preço do combustível aumentou para que a inflação aumente, claro que graças a redução da tarifa de luz. Nesta estratégia o Governo Federal tentará equilibrar a balança econômica: diminui a tarifa de luz e se aumenta o preço do combustível.

Sensato?

O problema está no fator dar e tirar. Deu-se aos brasileiros a oportunidade de comprar veículo novo, agora se onera os mesmo brasileiros com o aumento de combustível. O problema maior é que a economia nacional escoa pelas vias públicas e não por trilhos, embarcações ou aeronaves. Com o aumento dos combustíveis haverão aumentos: alimentação, transporte escolar, passagens de ônibus e táxi, fretes etc –será que com a diminuição da tarifa de energia elétrica as passagens de trem e metrô serão reduzidas?

O salário mínimo brasileiro é um vexame nacional e internacional. Nacional porque não atende as necessidades básicas do povo, e o artigo 3° da Constituição Federal não se efetiva; internacional, pois dignidade humana se tem quando o povo tem qualidade de vida.

Há tempo Trânsito Escola alerta sobre o fato do transporte terrestres de mercadorias serem por caminhões. Nos países desenvolvidos, a maior parte da economia é transportada por trens, aviões ou embarcações, o que gera uma economia imensa e reduções de preços ao consumidor final.

O Brasil priorizou o transporte das riquezas nacionais pelas pistas de rolamento indo na contramão do desenvolvimento, e ainda se prioriza o transporte pelas pistas de rolamento.

O povo, como sempre, não é beneficiado. Ah! Se os combustíveis vão subir, já aumentaram de preço em muitos estados, os nossos parlamentares terão uma ajuda maior para suas despesas com o transporte individual deles. Mais uma vez o povo pagará mais impostos.

Não há efetivação de políticas sérias ao desenvolvimento do país. Quem se lembra do programa Pró-álcool?

 imagePrimeiro veículo equipado com motor a álcool (Dodge 1800), em exposição no Memorial Aeroespacial Brasileiro de São José dos Campos.

Houve incentivos do Governo Federal, da época, para que os brasileiros deixassem de comprar veículos movidos por combustível derivado de petróleo, como diesel e gasolina. os preços dos automotores com motor movido a álcool eram mais baratos em relação aos veículos cuja combustão era produzido por derivados do petróleo.

O brasileiros, então, aderiram as promessas de governo, mas no final o plano de governo não garantiu a eficiência do que se esperava. Com isto, os proprietários de veículos movidos a álcool perderam poder aquisitivo diante de seus próprios automotores uma vez que o valor do carro a álcool ficou a baixo, muito abaixo, de preço de mercado.

O mesmo se deu ao programa, também do Governo Federal, da época, Gás natural veicular (GNV).image

Carro movido a Gás natural

Mais uma vez se fez incentivos ao povo brasileiro: isenção de impostos na compra de veículo movido a GNV e preço do GNV bem mais baixo do que os combustíveis a álcool e derivados de petróleo. Filas se fizeram para compra de veículos movidos a GNV. Com o passar dos anos, os veículos movidos a GNV não foram tão lucrativos, em razão de economia mensal na reposição de combustível.

Economia eficiente

A economia brasileira começará a melhorar mesmo quando houver plano governamental que dê prioridade no transporte sobre trilhos ou água. O Brasil possui várias Bacias Hidrográfica, assim como rios; o transporte de produtos e mercadorias, por embarcações, diminuiria o preço final ao consumidor alavancando o consumido e melhoria na qualidade de vida dos brasileiros.

O transporte coletivo por trilho seria uma inovação, sem precedentes, na economia brasileira. Atualmente os brasileiros ficam mais tempo no trânsito, em ônibus e carros particulares, do que nas empresas. Os atrasos constantes do empregado ao serviço causa dissabores entre empregado e empregador, este acha que é malandragem do empregado. Na assertiva de manter o empregado na linha se faz descontos no salário do trabalhador pelas horas não cumpridas. O empregado, mais uma vez, tem sua qualidade de vida comprometida – a primeira se deve ao salário mínimo sem qualquer ligação com os Direitos Fundamentais da Pessoa Humana; a segunda, com a redução do ganho real, pelo desconto do empregador.

Não é à toa que o Brasil ingressou na triste realidade dos países desenvolvidos: depressão. A diferença é que nos países desenvolvidos, a depressão se dê por motivos ferrenhos ao apego ao consumismo: quando a economia vai mal, os cidadãos não gastam – em alguns casos as dificuldades comuns da vida não são tão avassaladoras fazendo o cidadão ficar indolente, preguiçosos em imaginações.

No Brasil, a depressão se deve a realidade cotidiana: trabalha-se muito, paga-se muito impostos e, no final, o rezar para que não falte o sagrado feijão com arroz.

 

 

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