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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Cissa Guimarães, que perdeu o filho em acidente, pediu mudança na legislação

Em conversa com a presidente Dilma Rousseff durante o lançamento da campanha "Parada — Um pacto pela vida" nesta sexta-feira (21), a atriz Cissa Guimarães comentou sobre a impunidade para quem mata trânsito e cobrou apoio para uma mudança na legislação. De acordo com Cissa, a presidente ficou "chocada" com a atual pena para quem comete crime nas ruas brasileiras.

— A pena máxima para o crime de trânsito é de quatro anos. Ninguém vai preso por isso. Matar no trânsito, tudo bem. Paga cesta básica, faz trabalho voluntário. Isso é impunidade. Eu conversei com a presidenta e ela se mostrou bastante chocada. Olhou para o ministro, perguntou se era aquilo mesmo, ele disse que sim e ela cobrou mudança.

O filho da atriz, Rafael Mascarenhas, foi atropelado e morreu em 2010, enquanto andava de skate em um túnel interditado no Rio de Janeiro. O motorista não foi preso.

Durante o discurso, tanto Cissa quanto Dilma pediram uma nova lei de trânsito. De acordo com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, um comitê vai estudar possíveis projetos de leis a serem encaminhados para o Congresso Nacional com mudanças.

Até o fim de 2012, o Ministério das Cidades vai gastar R$ 70 milhões com campanhas publicitárias, capacitação, campanhas de educação e conscientização no "Parada".

No ano que vem, o governo vai lançar ainda um exame nacional para instrutores de auto-escola e examinadores do Detran para melhorar a educação. Além disso, tem defendido também mudanças na legislação, principalmente no que diz respeito ao teste do bafômetro.

— O caminho é uma ação conjunta de sociedade e governo, uma ação integrada. Só teremos efeito e mudança de postura se houver um comprometimento de todos. Precisamos fazer uma mudança na legislação e isso inclui também a questão do bafômetro. Eu sou a favor do álcool zero.

Epidemia

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, repetiu que o Brasil vive uma "epidemia" de acidentes com carro e motos e defendeu o aumento da fiscalização para diminuir os índices, principalmente no que diz respeito a motos e a Lei Seca.

— Em 2011, pela primeira vez, nós tivemos mais mortes decorrentes de acidentes de motos do que somados pedestres e ocupantes de carros juntos. Se apertarmos a fiscalização da Lei Seca, de motos, o número de mortes e acidentes diminui. As cidades que tiveram redução de mortes e acidentes foram aquelas que apertaram na fiscalização.

Segundo ele, o crescimento da violência no trânsitos e o impacto é decisivo na área da saúde. Só no primeiro atendimento de urgência em 2011 foram gastos R$ 200 milhões de reais.

Dilma ficou chocada com pena da lei de trânsito, diz Cissa Guimarães - Brasil - R7

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