Rio - Acostumado a fazer os jogadores andarem na linha, o diretor executivo de futebol do Fluminense, Rodrigo Caetano, derrapou. Conhecido por implementar uma cartilha peculiar de regras pelos clubes por onde passa, ele se recusou a fazer o teste do bafômetro, ao ser parado na blitz da Lei Seca, ontem, na Avenida Atlântica, em Copacabana.
O dirigente perdeu sete pontos e teve a carteira de habilitação apreendida. Além de ter que pagar uma multa de R$ 957,70. Além disso, o veículo só não foi rebocado pelos agentes estaduais porque ele foi auxiliado por um condutor habilitado, que dirigiu o carro até seu apartamento, na Barra da Tijuca.
O incidente vai gerar uma verdadeira dor de cabeça para Rodrigo Caetano, que receberá uma notificação por escrito e poderá recorrer até 15 dias depois da perda de sua habilitação. Por enquanto, terá que ir até as Laranjeiras de táxi.
Para recorrer, em uma primeira esfera, o condutor que tem sua habilitação apreendida deve escrever de próprio punho uma contestação, que será avaliada pelo Detran e respondida em alguns dias.
Porém, se a justificativa for recusada, haverá um outro aviso em prazo estimado de 30 dias para se recorrer à Junta Administrativa de Recurso de Infração. Se ainda assim o recurso for negado, há 30 dias para protestar no Cetran (Conselho Estadual de Trânsito). Se o protesto for indeferido, abre-se o processo de suspensão.
Procurado pela reportagem do MARCA BRASIL, Rodrigo Caetano não atendeu e nem retornou às ligações.
Segundo a assessoria do Fluminense, o clube não tem justificativas a dar, pois o episódio aconteceu fora de suas instalações, e no momento em que o dirigente não estava em seu horário de trabalho.
Ex-jogador de futebol, Rodrigo Caetano ganhou notoriedade como diretor de futebol. Ele começou sua carreira no Grêmio e despontou no Vasco, em 2009, onde ficou até 2011[1]. No início deste ano, Rodrigo acertou sua transferência para o Fluminense.