Rio - A Operação Lei Seca ganhará reforço a partir do ano que vem.
A expectativa da Secretaria Estadual de Governo é ampliar o efetivo de agentes que participam das ações — hoje, são 140 da Polícia Militar, Detran e da própria secretaria. Ainda está em estudo o número de homens para intensificar a fiscalização, principalmente nas zonas Oeste e Norte, locais em que houve aumento nas mortes em acidentes de trânsito.
Levantamento do Instituto de Segurança Pública (ISP), divulgado ontem pela ONG Rio Como Vamos, mostra que regiões como Vila Isabel, Realengo, Santa Cruz, Centro, Zona Portuária e Vigário Geral mantiveram ou aumentaram os números de óbitos na comparação entre os primeiros seis meses de 2009 e 2010.
Embora a Secretaria de Governo utilize as informações do Samu para traçar suas estratégias, os dados do ISP podem chamar a atenção para futuras ações conjuntas. “O cidadão tem que se acostumar com a fiscalização presente. Nosso objetivo é o mesmo de outros órgãos: reduzir os acidentes e salvar vidas”, disse o coordenador da Lei Seca, major Marco Antônio Andrade Santos.
Já em áreas com queda expressiva de mortes, como é o caso da região da Lagoa, Rocinha e Copacabana, as blitzes devem ser mantidas de acordo com a demanda.
Concentração
Especialista em trânsito, o engenheiro José Guerra, da Uerj, acredita que os resultados positivos na Zona Sul e Barra da Tijuca estão relacionados à quantidade de operações. “Percebemos uma concentração de agentes nesses pontos. É preciso olhar outras regiões da cidade”, argumenta.
Mesmo ainda apresentando algumas zonas críticas, o levantamento mostrou redução de 13% no número de mortes nas estradas e ruas da cidade. Na comparação com os primeiros seis meses de 2008, quando ainda não havia a Lei Seca, a queda de óbitos foi de 23%. “Os resultados são muito bons. Mas continuaremos a monitorar e cobraremos soluções”, afirma a presidente da Rio Como Vamos, Rosiska Darcy.
Fonte: O DIA