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domingo, 25 de novembro de 2012

Mais de um terço dos candidatos a CNH são reprovados no DF

Um em cada três candidatos é reprovado nos exames para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Distrito Federal. Dados da Secretaria de Segurança Pública mostram que no primeiro semestre de 2012 o índice de reprovação foi de 34,4% nas avaliações práticas e de 31,8% nas provas teóricas.
imageO instrutor de autoescola Sinval Ribeiro da Silva, que aponta o nervosismo como principal fator para os índices de reprovação no DF (Foto: Lucas Nanini/G1)

Entre janeiro e junho deste ano, 53.473 pessoas fizeram o exame prático na capital, de acordo com dados da secretaria publicados no Diário Oficial do DF. Entre os candidatos, 18.397 foram reprovados. Na prova teórica, foram 13.836 alunos que não atingiram a nota mínima para aprovação, de um total de 43.388 pessoas.

Para o instrutor de autoescola Sinval Ferreira da Silva, o nervosismo é o principal fator que explica o grande número de reprovados, tanto no teste teórico quanto no prático.

“O aluno geralmente está preparado para dirigir, mas se sente pressionado pelos examinadores, principalmente na prova prática, na avaliação dentro do carro.”

A assistente oftalmológica Kenia Pereira Rodrigues reprovou no exame prático na primeira vez em que se submeteu à avaliação. Ela afirma que já estava nervosa antes de entrar no veículo, mas o examinador a deixou ainda mais insegura.

“Ele foi um grosso. Já estava nervosa, mas fiquei pior por causa dele. Assim que eu entrei, o carro apagou. O examinador me perguntou o que houve, todo grosso. Quando fui fazer uma curva mais fechada ele puxou o volante, o carro subiu no meio-fio e ele falou: ‘Não sabe dirigir, não?’. Aí eu disse: ‘Estou aqui, né?’.” Kenia iria fazer uma nova prova prática neste sábado (24).
Já estava nervosa, mas fiquei pior por causa dele [examinador]"
Kenia Pereira Rodrigues, assistente oftalmológica, reprovada na prova prática para obtenção de CNH

Um proprietário de autoescola que não quis se identificar afirma que o sistema de avaliação é falho, que o número mínimo de aulas não é suficiente e que os examinadores não estão preparados adequadamente.

“A cada seis meses muda o examinador, que não tem tempo para conhecer a função. Esse examinador nunca foi instrutor numa autoescola, não sabe como um aluno se prepara para tirar a habilitação”, afirma.

Para o Detran-DF o número de aulas é suficiente. Casos especiais podem exigir um número maior de sessões dentro do carro, o que deve ser decidido entre aluno e instrutor.

Para o órgão, o rodízio de examinadores garante a segurança e a impessoalidade do processo. Todos os que aplicam o exame cumprem uma série de requisitos e se submetem a cursos de formação e atualização periodicamente.

Segundo o Detran, a média de 60% a 65% de aprovação nos exames é considerada normal e se mantém regular a cada ano. O órgão considera que os critérios de avaliação são uma medida que visa a segurança no trânsito.

G1 - Mais de um terço dos candidatos a CNH são reprovados no DF - notícias em Distrito Federal


Trânsito Escola – As aulas teóricas são importantes sim para que o candidato a habilitação tenha capacidade de res aprovado na prova técnico-teórica, contudo, mais do que passar na prova técnico-teórica, o candidato a habilitação, depois de obter a habilitação, não terá dificuldades em reconhecer sinais e regras de trânsito.

O problema de reprovações, seja no DF ou demais estados, se mostra que ainda tem muito o que se melhorar quantos às aulas e a conduta de autoescolas. Se o leitor fizer uma pesquisa de reclamações sobre precariedades nas aulas teórica ou prática – como em Reclame Aqui, JusNavigandi etc. – verá que muitas aulas, e até em e-mails recebidos por Trânsito Escola, não dão embasamento suficiente para os candidatos a habilitação de trânsito terrestre.

Entre as reclamações constam:

  1. Aula teórica só com cd-rom;
  2. Abordagem da matéria de forma superficial;
  3. Instrutor que lê jornal durante aula prática de direção;
  4. Carro que quebra perto do exame de direção e sua substituição por marca/modelo diferente (em Direitos dos alunos de autoescola você verá que tal prática pode prejudicar o aluno e este pode negar-se a fazer a prova);
  5. Materiais desatualizados;
  6. Autoescola que demora, não culpa do DETRAN, na marcação de provas e, assim, deixam, mais ainda, os alunos ansiosos.

Para colaborar com o exposto coloco o link de um site famoso sobre qualidade do instrutor de trânsito (acesse aqui) e o leitor poderá constatar o que falo.

As fiscalizações dos DETRANs são insuficientes para conter os inúmeros acontecimentos que prejudicam os alunos de autoescolas por ineficiência e ilegalidade.

Não se pode culpar, exclusivamente, os instrutores de trânsito, mas a estes ainda faltam subsídios eficientes para darem aulas adequadamente.


 

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