Trânsito Escola - Autoescola, primeiramente, agora é chamada de Centro de Formação de Condutores (CFC), e não é mais um lugar de obtenção do tipo pagou e levou.
Por muitos anos, antes da atual legislação de trânsito, que instituiu o Código de trânsito Brasileiro (CTB), foi considerado local de mero acesso a obtenção da habilitação, pois já era obrigatório ingressar num autoescola para se obter habilitação de trânsito terrestre.
Muitas autoescolas, antes das novas diretrizes dadas pela LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997, não tinham capacidades estruturais para darem aulas aos futuros motoristas. Salas minúsculas, materiais didáticos, se é que existiam, pois na maioria não havia aulas teóricas, iluminação precária etc.
A própria estrutura da autarquia DETRAN, talvez se justifique pela ausência de internet, computadores, era também precária. Imagine que para conseguir pegar a habilitação, para quem já passara na prova de direção veicular, demorava mais de dois ou mais meses. Filas intermináveis para se marcar provas.
E os carros das autoescolas? Apesar de serem carros da época - antes da melhoria da frota veicular brasileira frente à abertura do mercado estrangeiro, que facilitou compras de automotivos importados – muitos não tinham condições de transitabilidade. Não por serem antigos, como muitos irão pensar, mas porque não tinham manutenções constantes, ou não tinham mesmo.
Com a LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 se exigiu o tempo de permanência de veículo nas autoescolas. De certa forma, a lei fez com que as autoescolas acompanhassem os avanços tecnológicos no setor automobilístico e, também, que tais veículos não oferecessem perigo aos alunos de autoescola – se justifica pela exigência maior do veículo por transitar mais e, os alunos, por falta de experiências, abreviarem a vida útil dos componentes veiculares.
Os CFCs, agora, são instituições que devem dar conforto aos consumidores, condições reais de ensino para a finalidade que foram credenciadas, pelos respectivos DETRANs, que é instruir e humanizar o trânsito. A modernidade também foi exigida aos CFCs diante dos avanços tecnológicos e as praticidades que possam gerar. Se a autarquia se moderniza, não pode ser diferente as suas credenciadas (CFCs).
Conduto, o mais importante, mas não se esquecendo da totalidade, para a formação técnica, do motorista, a exigência de capacitação de instrutor de trânsito. Como dito, antes do atual código de trânsito, as estruturas, em geral, para formação de condutor, eram precárias.
Em vários levantamentos posteriores se verificou que os habilitados, antes de 1997, não possuíam conhecimentos suficientes sobre normas, regras e sinalizações de trânsito. Tanto é verdade que os legisladores de trânsito, assim cientes dos fatos, decretaram no artigo 150, do respectivo código, a obrigatoriedade de se cursar as disciplinas de direção defensiva e primeiros socorros quando o condutor, da renovação da habilitação de trânsito, não possuísse tais cursos.
Comportamento saudável no trânsito é:
- Respeitar a si e as demais pessoas;
- Obedecer os sinais, as regras e as normas de trânsito;
- Valorizar a vida em todos os seus sentidos;
- Discernir sobre o próprio comportamento, seja como condutor motorizado, ou não, e como pedestre, de risco na via pública;
- Comporta-se adequadamente nas vias públicas de forma a dar bons exemplos as novas gerações.
Tentou-se, então, por leis, amparar os anseios sociais quanto à redução de acidentes de trânsito. Não era mais concebível na sociedade organizada os inúmeros acidentes automobilísticos a destruir famílias seja econômico ou psicologicamente. As vias públicas pareciam mais campos de guerras cujos artefatos bélicos eram os próprios carros e corpos. A sociedade, a que ainda era lúcida aos fatos, pediu mudanças diante da anormalidade, que era vista como normal. Do apelo social, e da postura séria de administradores públicos, se fez a criação do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Ainda falta muito para se conseguir o ideal de humanização no trânsito brasileiro, mas não bastam apenas às autoescolas tais compromissos, assim como aos instrutores de trânsito. É necessário o esforço de todos para se atingir estes ideais. Certo é que os CFCs têm máxima importância na qualidade de vida nas vias, pois, o candidato à habilitação de trânsito, não será unicamente condutor de automotivo, mas, também, pedestre, e até condutor de veículo não motorizado.
Dentro do CFC se aprende conceitos humanísticos, métodos de se evitar acidente de trânsito como comportamento defensivo e manutenção veicular. Aos instrutores de trânsito, seja qual for a qualidade como profissional-educar, teórico ou prático, o admitir sua importância social, econômica e política, pois atua no bem comum, que é de estar contribuindo para uma sociedade solidária, empática.
O conjunto tem que ser harmônico – órgãos de trânsito, CFCs, instrutores de trânsito e sociedade organizada – para se efetivar a ideia e desejo de trânsito saudável. A busca de qualidade no trânsito terrestre deve ser amplamente buscada por todos os profissionais incumbidos no resgate de qualidade no segmento trânsito. Aos CFCs, o reconhecimento de prestador de serviço capaz de mudar a realidade dos fatos vigentes na sociedade brasileira, pois, o cidadão, enquanto condutor, que obedece às leis de trânsito e demais usuários de vias terrestres abertas à circulação, também agirá com cidadania em todos os demais segmentos da sociedade brasileira.
Como exposto acima, os CFCs não são mais meros credenciadores a fornecerem possiblidade de se obter a habilitação de trânsito, mas, primordialmente, centros de excelência ao resgate da humanização no trânsito e, consequentemente, nas relações humanas em geral.
quero parabenizar o dono deste site pelo texto. Muitos pensam que donos de autoescolas ou profissionais que trabalham nelas são tudo 171. Por culpa de minoria de donos, instrutores é que o maioria responde por faltas éticas.
ResponderExcluirSó vejo acusações jornalisticas sobre corrupções nas autoescolas, mas seu texto mostra que muita coisa mudou, mas necessita de apoio de cidadãos também honesto.
É como indivíduo querendo habilitação de trânsito sem fazer as aulas. logo, não é somente problema das autoescolas, mas da sociedade que não se conscientizou de que corrupção nada leva. Fico triste quando vejo noticiários de autoescolas envolvidas em corrupções. Denigrem a imagem das que lutam para sobreviver diante da competitividade desleal.