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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Segundo dia de greve e alunos prejudicados


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A greve dos trabalhadores de auto escolas em Santa Catarina chega ao segundo dia nesta terça-feira e até agora nenhuma resposta foi dada pelos donos das empresas sobre as reivindicações dos grevistas. Na tarde desta segunda-feira, em Criciúma, um grupo de manifestantes foi até a antiga Mina Modelo, local onde são realizadas as provas práticas e uma pequena confusão começou. A polícia acabou sendo chamada pelos próprios alunos.

Na manhã desta terça-feira os ânimos estavam calmos em frente à Delegacia Regional, em Criciúma, local onde os manifestantes estão concentrados. Segundo o instrutor, Valdir Joaquim, as provas práticas foram canceladas. “Pela manhã não apareceu ninguém e as provas foram canceladas, vamos ficar atentos para que a tarde também não tenha prova. O movimento por enquanto está tranquilo e a espera de uma resposta dos donos das auto escolas. Nós sabemos que eles estão reunidos e conversando e estamos a espera de uma proposta”, diz Joaquim, que é instrutor há 16 anos.

Os trabalhadores estão reivindicando um salário de R$ 2.200, bem maior do que os R$ 980 que ganham hoje. As sete auto escolas de Criciúma estão paradas, são cerca de 50 a 70 instrutores. Além de Criciúma, as outras cidades de Santa Catarina também aderiram a greve, a maioria já havia aderido na segunda e o restante começou nesta terça-feira.

As condições de trabalho é outra exigência dos grevistas. “Um instrutor está fazendo de 13 a 14 horas de trabalho por dia, para ganhar apenas isso. Além do mais todo mundo faz um curso em Florianópolis que é bastante caro para se tornar instrutor. Tem que ter dois anos de carteira para exercer a profissão e ainda não tem tempo nenhum para a família”, conta o instrutor.

Greve atingindo em cheio os alunos

Para quem está fazendo as aulas nas auto escolas a greve está afetando muito. Alguns alunos estão preocupados com o tempo do processo para terminar a carteira de motorista, já que é preciso um ano para a realização. Após esse prazo o processo é cancelado. “É ruim, até porque que meu processo está quase vencendo. Vence no dia 27 de julho e agora eu fico nessa de esperar. Eu vou esperar essa semana e vou fazer uns testes com uma amiga no carro dela me dando umas aulas de volante e depois vou fazer o teste, pois se eu rodar tenho que esperar mais duas semanas pra fazer de novo e aí vence meu processo”, revela o estudante Douglas Saviato.

Segundo o estudante é preciso que as auto escolas arquem com os prejuízos dos alunos. “Fazer greve é um direito de todos, mas os alunos não podem ser prejudicados. A auto escola tem que estender o prazo para os alunos. Se eles ficarem dez dias parados tem que prorrogar dez dias do meu processo. Se não acontecer isso vou acionar o Procon”, afirma Saviato.

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