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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Trabalhadores em autoescolas podem deflagrar greve a partir deste domingo

Florianópolis - A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Centros de Formação de Condutores – SINTRAUTO está chamando para o próximo domingo assembleias extraordinárias para debater com seus associados a possibilidade de deflagração de greve, por tempo determinado ou indeterminado.

Os trabalhadores em escolas e centros de formação de condutores reivindicam um salário de R$ 2.200,00. Atualmente o piso dos cerca de 4 mil instrutores catarinenses é de R$ 981,00. As tentativas de acordo com o Sindicato dos Centros de Formação de Condutores de Santa Catarina – Sindemosc até o momento foram frustradas. A contra-proposta apresentada pela direção patronal foi de um reajuste de 6,5% o que daria o valor de R$ 1.045,00, menos da metade do reivindicado pelos trabalhadores.

Além disso, os patrões propõem o estabelecimento de intervalo intrajornada de até 5 horas. Na prática, isso significa que o instrutor ficaria a disposição das empresas por até 13 horas diárias. Eles propuseram ainda a criação de um banco de horas, o que poria fim às horas extras. Outra cláusula constante na proposta afirma que, comprovada a culpa do instrutor em acidentes de trânsito ou multas, ele ficaria responsável pelos prejuízos causados.

Diante das propostas incoerentes com as pauta dos trabalhadores, o presidente do Sintrauto Adalto Galvão Paes Neto chama a todos os instrutores para o debate sobre os próximos passos na luta por melhores salários e condições de trabalho. Para isso, promoverá paralelamente nesse domingo (3), a partir das 9h30, assembleias em sete municípios do estado: Florianópolis, Chapecó, Joaçaba, Joinville, Blumenau, Lages e Criciúma. Em Criciúma a reunião será na sede do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário, na Rua Conselheiro João Zanette, 90, Edifício Dom Diniz, sala 501, Centro.

Assessoria de Imprensa FECESC, Juliana Claudio


Trânsito Escola:

O que foi explanado (acesse aqui) é a mais pura realidade dos profissionais de trânsito: baixo salário e exigências enormes.

Há também as longas jornadas de trabalho para poder obter uma renda per capta que dê para semissobreviver, o que é típico de profissionais que ensinam no Brasil, e se vê nas greves de professores de estabelecimentos de ensino.

Os instrutores de trânsito agora estão unidos e sabem da importância na sociedade brasileira e já não aguentam mais as explorações dos donos de autoescolas que por décadas lucraram com a escravidão trabalhista dos instrutores de trânsito.

Escravidão trabalhista não é trabalhar algemado, mas não ter horas de descanso, não ter instalações próprias para exerce com segurança e didática suas atividades, não ter as horas extras computadas e não ter o direito de reivindicar seus direitos, pois, do contrário, o instrutor que reclamar seus direitos poderá ser fichado como “impróprio” para as demais autoescolas.

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