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domingo, 3 de julho de 2011

Audiência vai discutir legalização de veículos sem documentos na Bolívia

Audiência pública da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado vai discutir a decisão do governo da Bolívia de legalizar todos os veículos que circulam sem documentos naquele país. Ainda não há data prevista para a promoção do debate.
Autor do requerimento para realização da reunião, juntamente com a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), o deputado Delegado Protógenes (PCdoB-SP) ressalta que a Bolívia conta com mais de 128 mil automóveis em situação irregular, a maioria com procedência
do Brasil e da Argentina. Ele classificou de "equivocada" a decisão das autoridades bolivianas, mas diz acreditar que a situação pode ser revista.
"No passado, o Paraguai tomou a mesma decisão e depois voltou atrás em razão do absurdo. Como é que você toma uma decisão de legalizar todos os veículos em circulação naquele país e sem documentação? Se está sem origem de aquisição é sinal de que há suspeita de ter ocorrido algum ilícito na aquisição desse veículo ou alguma fraude. Muitos desses veículos foram roubados ou furtados e estão circulando em território boliviano", ressalta Delegado Protógenes.
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze, afirma que a situação é preocupante porque os veículos levados irregularmente para a Bolívia são trocados por armas e drogas.
Reze observa que mesmo os brasileiros que não tiveram carros furtados e levados para o país vizinho acabam prejudicados com a legalização. "O seguro do automóvel aqui no Brasil fica aumentado. Sabendo que o produto de roubo levado para outro país não pode retornar porque é legalizado, a seguradora, que ao final é quem paga por esse crime, vai aumentar o custo da apólice. É um processo perverso", afirma.
Interpretação equivocada
Em pronunciamento no Plenário no último dia 6, durante a discussão de uma moção que foi rejeitada, o deputado Chico Alencar (Psol-RJ) afirmou que a decisão do governo boliviano está sendo mal interpretada. Segundo o parlamentar, o governo apenas deu prazo para os bolivianos providenciarem a documentação. "Não é nada de dizer que roubou, chega lá e fica tudo certo."
Para Chico Alencar, a tentativa de reverter a decisão da Bolívia é uma intervenção indevida.
Serão convidados para a audiência o embaixador da Bolívia, Jose Alberto Gonzales Samaniego; o presidente da Fenabrave; e representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
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