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Mas o amor nunca morre
Ontem (21/12/2010) foi o dia mundial em memória das vítimas de trânsito. A ONU já se prontificou e disse que o trânsito passou a ser uma endemia. No mundo todo se discute mudanças nas leis de trânsito e penais.
A quantidade de psicopatas que estão nas vias terrestres é alarmante. A impunidade também é um dos fatores que propicia a ação de pessoas apáticas. Ainda há a mudança de mentalidade que foi gerada na década de 1950 onde o carro passou a ser símbolo de poder e prestígio.Infelizmente, matam-se pessoas com carros civis mais do que carros bélicos em alguns momentos. As mortes nas vias terrestres parecem cenários de guerras com corpos dilacerados. O absurdo maior é ver que algumas pessoas são contra, por exemplo, a Lei Seca: “onde está a democracia”? Democracia não é baderna onde cada qual faz e viola o direito a vida de outra pessoa.
O Brasil ainda vive no século XX onde o STATUS sobre rodas vale mais que a preservação ambiental. Não há políticas eficientes para construções de ciclovias e ciclofaixas, mas será que mataria mais pessoas? Já não se respeita o pedestre na calçada ou passarela porque o motociclista transita nelas; imagine com a ciclofaixa e ciclovia. E os acostamentos? Em dias de congestionamentos motoristas afoitos jogam seus veículos sem se preocuparem com ciclistas e pedestres, que têm direitos.
As condenações por crimes de trânsito no Brasil são piadas. O condenado, geralmente, presta serviços comunitários: varrer ruas, pintar muros. Ou paga cesta básica aos familiares para poderem ter uma vida “digna”. E a dor emocional? Tem preço, cura? Falta no Brasil a punição exemplar: prestar serviços em hospitais públicos no setor de emergência, preferencialmente, quando vitimas de trânsito. Na reincidência de crime de trânsito, cassação da habilitação por vinte anos – atualmente são dois anos – e prestação de serviço hospitalar por igual período.
As pessoas que perderam um ente familiar, amigo ou cônjuge, meus pêsames. Aos que não perderam: meus pêsames adiantados por que do jeito que está o trânsito, aliás, o ser humano com seu descaso a vida, ainda chorará pela perda de uma pessoa querida. As chances de sofrer acidente (pedestre, condutor motorizado ou não) são de 40% (quarenta por cento).