Lojistas, pedestres e condutores de veículos estão apavorados com as ações benéficas dos policiais e as ações terroristas de traficantes no RJ. Não pela ação dos policiais, pois é notório que a população do RJ está cansada dos traficantes, principalmente os moradores de boa índole de morros, mas pelas ações de covardia dos traficantes.
É preciso muito cuidado com os boatos maldosos porque são ações para amedrontar a população do RJ e pedir o cessar do avanço das polícias para tirar os traficantes que dominam morros. Caso ouça algum boato de que haverá arrastões na sua localidade ligue para a polícia (número 190).
Não se intimida diante de boatos - Notícia anônima que corre publicamente sem confirmação. Mesmo que tenha uma fonte confiável também não se amedronte. Comunique a polícia e dê detalhes. É muito importante manter as polícias informadas para um combate eficiente. Há o Disque-Denúncia onde o cidadão pode denunciar qualquer fato relacionado a:
1) Pessoas com armas nas mãos;
2) Pessoas com garrafas de gasolina nas mãos;
3) Indivíduos que coloquem carros atravessados nas ruas impedindo a circulação de demais veículos;
4) Grupos de pessoas com mochilas e olhando para os lados assustadas;
5) Ateando fogo;
6) Depósitos de armas e munições.
A participação da população do RJ é fator fundamental para o combate aos traficantes. No México, Bolívia e EUA, por exemplos, os povos dos respectivos países ajudaram as autoridades públicas ao combate de narcotraficantes. Sem a participação da população do RJ fica difícil, mas não impossível o combate aos traficantes. Quanto mais informações tiverem os policiais mais cedo se enfraquecerá e terminará a guerra entre policiais e traficantes.
Se você é pai ou mãe que possui filho (a) no movimento de tráfico não hesite em denunciar as autoridades competentes. O medo de denunciar é certeza de ter o filho morto em ações contra os policiais. Pego pelos policiais seu filho será levado para presídio de segurança máxima. Preso, responderá processos como deve ser, mas terá seu filho vivo.
Depois da retomada dos morros pelos policiais
Não basta a retomada dos morros pelas polícias. Essa foi a primeira fase: retirada de traficantes nos morros do RJ. Precisar-se-á outros planos eficientes das autoridades públicas para não haver retorno dos traficantes aos domínios dos morros. Não bastam UPPs - Unidade de Polícia Pacificadora – para impedir o retorno dos traficantes aos domínios dos morros e ataques aos cariocas e fluminenses. Será preciso, na forma da lei, manter em regime fechado os principais articuladores de tráfico de entorpecentes no RJ por longo tempo.
Importante, também, é ressaltar a criação de empregos e melhorias no ensino público em geral para dar aos jovens – moradores de morros – a esperança de vida digna e sem apelação ao tráfico como forma de conseguir bens materiais (os traficantes sabendo da ausência dos poderes públicos cativam os jovens através de bens materiais e “poder”).
Os jovens e o poder
Sabemos que os adolescentes estão se descobrindo, a personalidade ainda não é formada. O desejo do jovem para ter poder (STATUS) é uma forma de se autoafirmar seja a si mesmo ou diante de amigos. Para os jovens de sexo masculino ter poder, além de prestígio entre os amigos, é sinal de coragem diante de jovens de sexo feminino. Isso é antropológico e inerente aos instintos humanos: nos primórdios os homens mais fortes e destemidos ficavam no topo da seleção feminina porque eles (corajosos e fortes) eram vistos como mais preparados para defender os filhos e dar carga genética “melhor”, isto é, mais chances das proles sobreviverem e manter a continuidade da espécie humana.
A civilidade é fruto de regras sociais visando à harmonia entre os integrantes de um grupo. Quando há ausência de valores humanitários se vê barbarias. Os instintos se afloram e o ser humano age por instinto – não há o pensar antes cometer um ato. Por isso é importante resgatar a educação de boa conduta social nos estabelecimentos de ensino público, e também nos particulares.
Não batas, mas no momento é importante e coerente pelo descaso dos poderes públicos antes de Sérgio Cabral, o uso de força. Dialogar com pessoas que nasceram na violência e querem violência é o mesmo que afirmar a possibilidade de mudar a natureza de um escorpião.
Uma vez um escorpião estava com dificuldade em atravessar um rio. Passando por ali perto um cisne viu a cena e ficou com pena do escorpião. Aquele ofereceu ajuda e o escorpião disse ao cisne “você confiará em mim”? “Sim. Sei que você precisa de ajuda e não fará nada”, respondera o cisne.
Subindo no dorso do cisne começaram a atravessar o rio. No meio do percurso o escorpião defere o golpe mortal no cisne. “Por que fiz isso”?
“É a minha natureza”, respondeu o escorpião.
Não se engane. Há pessoas que nasceram propensas ao crime e atos bárbaros (personalidade), mas a educação, visando o respeito ao ser humano, a começar nos primeiros anos de vida de um ser e condições razoáveis para uma vida digna, são decisivos para uma personalidade empática.