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quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Lei seca também para remédios

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Combinação de medicamentos e direção favorece acidentes graves

Por lei, dirigir alcoolizado ou após o uso de outra substância que altere o sistema nervoso central é considerado infração gravíssima, com multa de R$ 957,70, suspensão por 12 meses do direito de dirigir, entre outras penalidades.

O uso abusivo de medicamentos controlados cresce rapidamente no mundo e supera o volume do consumo de cocaína, heroína e ecstasy, segundo dados divulga-dos em relatório anual da Junta Internacional de Fiscalização a Entorpecente da Organização das Nações Unidas (ONU). A entidade alerta que o problema é uma das causas de acidentes fatais.

Em abril de 2008, em Wisconsin, nos Estados Unidos, um ex-médico bateu seu carro contra um Honda Accord, matando a motorista, que estava grávida, e sua filha de dez anos. Segundos os promotores, o ex-médico, condenado a 30 anos de prisão, tinha altos níveis de sonífero no organismo, além ansiolítico e oxicodona (um analgésico derivado do ópio).

O caso registrado nos Estados Unidos não é incomum ao que ocorre em países como o Brasil, onde o uso de medicamentos que mexem com o sistema nervoso central é crescente e prescrito por várias especialidades médicas.

A médica psiquiátrica Ana Nória, do Hospital Psiquiátrico de Maringá, explica que existe, sim, uma relação direta entre os efeitos colaterais de alguns medicamentos e o risco de acidentes de trânsito, inclusive fatais.

"Os ansiolíticos são drogas usadas por quem sofre de ansiedade. Eles relaxam os músculos, alteram a concentração, os reflexos e criam dependência", alerta. O Diazepan é um dos ansiolíticos mais conhecidos e prescritos.

Ela explica que os efeitos de determinados medicamentos sobre o motorista vai depender de cada indivíduo, porém, aconselha: "Deveria ser mais criteriosa a prescrição desse tipo de remédio. O ideal é que fossem prescritos por especialistas (psiquiatras e neurologistas) que têm mais experiência no assunto, que estudam mais a respeito e participam constantemente de congressos que tratam desta questão".

A psiquiatra alerta que o ideal é que as pessoas não dirijam sob efeito de medicamentos que comprometam o reflexo e a concentração.

"Eles têm, sim, uma relação direta com a ocorrência de acidentes, mas o motorista só se dá conta disso depois que ele aconteceu", comenta. Os casos mais comuns estão relacionados aos calmantes e às anfetaminas, usados como moderadores de apetite.

Fonte: odiaria.com

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