A noite no RJ está violenta e todos sabem. As autoridades públicas deixaram o tráfico tomar conta da sociedade que fica presa por grades e monitorada por alarmes dos próprios lares. O comportamento social mudou com o advento do estado paralelo no RJ, SP etc.
Mas os mesmo alunos que reclamam das aulas noturnas de direção são os que não saem à noite? Pelo que se vê nos Arcos da Lapa, Copacabana, Barra etc. estão lotados nos finais de semana. Os carros são estacionados indevidamente nas calçadas – sem permissão da autoridade pública, claro -, frente de garagens etc.
Será que o assalto só acontece à noite para os veículos de autoescolas?
O RJ “borbulha” nos finais de semanas com música, bebidas alcoólicas, petiscos, namoros. E tudo acontecendo das 22h às 6h justamente quando as ruas ficam mais desertas.
Para muitos as aulas teóricas ou de direção são chatas e sem qualquer importância. “Dirigir se aprende na prática” como alguns afirmam.
Ainda se perpetua a ideia de comprar habilitação cujas décadas passadas – antes da década de 1990 onde se deu a criação do novo código de trânsito – foi a vergonha social da plenitude de corrupção passiva (comprador) e ativa (vendedor) da habilitação para veículos motorizados terrestres.
O “chato” de assistir as aulas em geral demonstra muitíssimo bem a cultura reinando, infelizmente, da Lei de Gerson onde se deve levar vantagem em tudo. Pior é ver que os mesmo infratores de leis de trânsito são os mesmo que recorrem ao judiciário no clamor de quem possuem direitos constitucionais. Claro que qualquer pessoa pode e deve procurar o judiciário quando lesado, mas não mais se deve ver a postura de “tenho meus direitos” sem o dizer “tenho os meus deveres”.
A sociedade brasileira, infelizmente, está insaciável pelos direitos que possui, mas negligente aos deveres constitucionais e diante do Código de Trânsito Brasileiro.
A nova geração não dará lugar aos méritos de uma sociedade justa enquanto se impera nos lares, na sociedade e no meio politico a Lei de Gerson.
Para quem não se lembra (Fonte: Wikipédia)
Na cultura brasileira, a Lei de Gérson é uma "lei" não escrita na qual a pessoa que "gosta de levar vantagem em tudo" segue, no sentido negativo de se aproveitar de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou morais.
A propaganda, de 1976, para a marca de cigarros Vila Rica, na qual o meio armador Gérson da Seleção Brasileira de Futebol era o protagonista.
A propaganda dizia que esta marca de cigarro era vantajosa por ser melhor e mais barata que as outras, e Gérson dizia no final: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também”.
Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao anúncio, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson. O diretor do comercial, José Monserrat Filho declarou: "Houve um erro de interpretação. O pessoal começou a entender como ser malandro. No segundo anúncio dizíamos: ‘levar vantagem não é passar ninguém para trás. É chegar na frente’, mas essa frase não ficou. A sabedoria popular usa o que lhe interessa. Nos anos 80 começaram a surgir sujeiras, escândalos e as pessoas começaram a usar a Lei de Gérson".
Hoje se comemora a independência do Brasil. Mas qual a verdadeira independência se comemora? De colonizados para um estado soberano de direito. Soberano sim, contudo em um estado de direito é outro assunto a ser analisado por Trânsito Escola.