Ligando a máquina do tempo. Os homens saíam para caçar enquanto as mulheres ficavam cuidando dos afazeres, por assim dizer, domésticos (casa, cozinhar etc.). Além disso, cuidava e protegia a prole.
Se verificarmos em tribos primitivas veremos que os homens usavam pinturas e apetrechos para possuírem coragem, força, agilidade e a invencibilidade. Usavam desde colares "Mágicos" até dentes de animais. Sempre houve uma associação de ter e ser, isto é, possuindo algo a pessoa passava a se sentir parte e até uma sensação de fusão ao que usava.
Através dessa associação os objetos usados por alguns passaram a ter uma importância dentro do grupo cujo possuidor passava a ter certa distinção dentro do próprio grupo. Nascia, por exemplo, o STATUS. Através dessa analogia verificaremos muito bem a questão do por que do sexo masculino agir com "Imprudência" e "Negligência".
A sensação de poder no sexo masculino está associada, também, a capacidade de subtrair os próprios medos, receios, e a facilidade de obtenção do que deseja. Existe nitidamente, ainda, a mentalidade de ter para ser. Seja no Brasil ou em outros países existe o conceito de quanto mais possui e a qualidade do que possui passa a designar a "Qualidade" do possuidor. Essa qualidade passa a criar padrões de comportamento e a estratificação social de forma a dar qualidades de "Superioridade" ou "Inferioridade".
Na primeira análise veremos o aspecto do veículo cujo motor de maior capacidade de gerar velocidades maiores. O homem, como foi explanado anteriormente, tem em si desejo de superação. Essa superação é interna, isto é, o desejo íntimo de se superar – vemos nitidamente nos meios esportivos, nas disputas de jogos intelectuais.
Na questão do veículo, este, além do fator de status, dá a sensação de "Poderes". Estes poderes são traduzidos em agilidade, força, capacidade de superar obstáculos e distâncias, proteção. Sempre houve o desejo e certa inveja dos animais irracionais pela adaptação natural que possuem em relação aos seres humanos. Estes se adaptam através da inteligência. A inteligência do ser humano foi capaz de criar mecanismo de adaptação e até superação dos próprios limites que possui ante a natureza e até mesmo querer vencer o meio natural.
Existe também o poder de liberdade que o veículo transmite. Pela velocidade e consequentemente o encurtamento de distância esses fatores, que sempre foi o desejo do ser humano, faz com que o homem aja imprudentemente diante de semáforo na cor vermelha por representar um obstáculo à sua livre locomoção. Diante desta frustração cria-se um estado de nervosismo levando muitas vezes a desrespeitar a convenção de parada diante de semáforo na cor vermelha.
E por que as mulheres dirigem mais cautelosamente do que os homens?
Se verificarmos ao longo da história as convenções de comportamento humano se deve justamente as diferenças anatômicas e fisiológicas entre os homens e mulheres. Somente a partir da primeira guerra mundial e com o aperfeiçoamento tecnológico, e descobrimento de novas tecnologias, foi possível a mulher desempenhar certas funções que só eram para os homens porque não se exigia força bruta.
Pelos fatores de diferenças anatômicas e fisiológicas entre homens e mulheres, que levaram a cada um assumir uma posição de afazeres: homem era o caçador (mais testosterona), desenvolveu um cérebro com habilidades manuais, visuais e coordenação para construir ferramentas; as mulheres (menos testosterona) preparavam os alimentos e cuidavam dos mais novos. Elas tinham que entender os bebês, ler sua linguagem corporal e ajudá-los a sobreviver.
Elas também tinham que se relacionar com as outras mulheres do grupo e dependiam disso para sobreviver na comunidade e, por isso, desenvolveram um cérebro mais social.
Talvez o fator mais importante de tudo seja o instinto maternal que a mulher possui. Sendo geradora de vida - e até a mantedora de nova vida -, a mulher age com prudência, isto é, dá mais valor à própria vida e a vida dos demais seres.
Mais estudos serão precisos para solucionar a prudência feminina ao dirigir. E a imprudência masculina.
