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terça-feira, 24 de março de 2009

Mortes por consumo de álcool no país crescem 18,3%

Abaixo um alerta quanto ao uso de álcool. As leis de trânsito estão mais severas. Por quê? Não esqueçamos que a saúde pública demanda dinheiro público. Como dito em post disse que a maioria dos homicídios, suicídios, estupros etc. se devem ao consumo de álcool. Apesar de ser uma droga lícita pela lei brasileira é - como qualquer outra droga (cocaína, maconha, LSD, crack etc.) – prejudicial ao organismo humano, seja físico ou psíquico.

Mortes por consumo de álcool no país crescem 18,3%
BRASÍLIA

Um estudo feito pelo Ministério da Saúde constatou que houve aumento no número de mortes por doenças relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. O número passou de 10,7 mortes por 100 mil habitantes em 2000 para 12,64 em 2006, o que corresponde a uma elevação em 18,3%, em seis anos. Os dados usados pela pesquisa foram retirados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) no Brasil referentes aos anos de 2000 a 2006. Neste período, 92.946 óbitos tiveram como causa doenças relacionadas exclusivamente ao uso do álcool e 146.349 mortes ocorreram por doenças associadas à ingestão da substância, entre outros fatores.
A coordenadora-geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis do Ministério da Saúde, Deborah Malta, disse que apesar de o país estar dentro da média mundial, o aumento é motivo de preocupação. O índice varia de país para país explicou. No México, por exemplo, onde o álcool está muito integrado à cultura local, o número de mortes tem proporções maiores. Já nos países islâmicos o hábito é diferente e por isso os dados são inferiores. No Brasil os dados mostram o uso freqüente e prolongado e precisamos estar atentos. A pesquisa analisou exclusivamente a exposição crônica ao álcool. Ou seja, o uso prolongado de grandes quantidades. Dentre as causas de mortalidade mais comuns estão a cirrose, a pancreatite aguda e crônica (a que mais mata), doenças cerebrovasculares, envenenamento pelo álcool (mais comum na infância), entre outras.
As pessoas devem procurar uma unidade de saúde mental em seu município que atenda a usuários de álcool ­recomendou a pesquisadora. Outra opção é buscar a assistência em grupo, como o que é feito, com muito sucesso, pelos Alcoólicos Anônimos. A coordenadora destaca a importância do apoio familiar: Muitas vezes é difícil para alguém que é usuário durante muitos anos parar de repente, mesmo que isto esteja prejudicando a sua saúde. A solidariedade da família é fundamental para a recuperação garante Malta.
Adultos
De acordo com levantamento, as maiores vítimas são os adultos de ambos os sexos, que estão na faixa etária entre 50 e 59 anos. Esse foi o grupo que teve o maior aumento na taxa de mortalidade: em 2000, havia 35 óbitos por 100 mil habitantes e, em 2006, o número passou para 45 óbitos para 100 mil habitantes. A pesquisadora alertou que o jovem usuário, contudo, pode ser um futuro doente crônico, já que é esta faixa etária que mais consome doses excessivas de álcool. Com a idade aparecem os problemas. Se o jovem for um sobrevivente das causas agudas (uso abusivo ocasional do álcool) pode, na idade mais avançada, desenvolver uma doença crônica afirmou.
Os fatores agudos de mortalidade envolvem o uso do álcool por um período curto e pontual. Dentre as causas de mortalidade associadas à exposição aguda ao álcool estão os acidentes de trânsito, homicídios, suicídios, quedas e afogamentos. Até 30% dos homicídios e entre 40% e 60% dos acidentes de trânsito têm relação com álcool. Malta ressaltou que o problema pode ser muito maior do que parece e, por isso, é fundamental a adoção de políticas públicas voltadas ao monitoramento e redução do consumo de álcool, especialmente entre os jovens, e para diagnosticar e tratar os transtornos relacionados ao uso de álcool.
(Folhapress)

FONTE: JORNAL DO BRASIL
Publicado em: 22/01/2009
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