Já estão em testes dois pilotos do Ponto a Ponto em duas rodovias paulistas: um no município de Itatiba e outro em Indaiatuba. Até o final do ano outro teste será iniciado no município de Jaguariúna, como informou Pengue. Após um mês de operação, o Ponto a Ponto de Itatiba, lançado em abril, apontou uma economia média de R$ 44,30 por usuário, de acordo com levantamento da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transportes do Estado de São Paulo), durante o período de testes na rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (SP 360).
Os moradores de nove bairros de Itatiba, por não contarem com uma via municipal entre os bairros e o centro da cidade, precisam usar a rodovia para fazer o trajeto. A cada passagem pelo Ponto a Ponto, o usuário paga R$ 0,60, valor correspondente ao trecho percorrido. Quem não faz parte do programa desembolsa R$ 2, tarifa cheia, equivalente a todo o trecho entre Itatiba e Jundiaí. A economia para quem já aderiu ao sistema é de R$ 1,40 por viagem, uma redução de 70%.
No dia 11 de junho, começou a operação do projeto piloto do Ponto a Ponto na rodovia Santos Dumont (SP 75), em Indaiatuba. Neste caso, os moradores que aderiram aos testes passaram a economizar 60,4% nas viagens para Campinas, pagando apenas R$ 4,00 no Ponto a Ponto, contra os R$ 10,10 do pedágio normal.
Os testes atuais estão sendo realizados com o modelo de pré-pagamento. Ou seja, como nos telefones celulares pré-pagos, o usuário compra créditos antecipadamente para depois, durante o uso, serem descontados. Assim, as tags são carregadas com os créditos e quando o usuário passa por um leitor da rodovia, o pedágio é cobrado de acordo com a distância percorrida pelo seu veículo.
“A Artesp, o DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem), o DERSA e a Secretaria de Logística e Transportes do Estado de São Paulo trabalham em conjunto para definir o pedágio eletrônico paulista. Concluiu-se que o pedágio automático é bom para todo mundo, reduz até o consumo de combustível e, então, seria importante massificá-lo. Além disso, com a tecnologia RFID, seria possível adotar modelos de arrecadação diferenciados e eliminar a cancela dos postos de arrecadação”, explicou Pengue.
O Siniav já tem um protocolo definido e o governo do Estado de São Paulo decidiu usar um padrão baseado no Siniav, porém sem todos os controles que serão necessários para o sistema nacional. “Por isso, o sistema atual de 5,8 GHz passou a ser substituído pelo de 915MHz, para ficar alinhado ao Siniav”, disse Pengue. “As novas antenas vão permitir vários protocolos e lerão as etiquetas do Siniav, que têm como padrão o ISO 18.000-6, com camada de segurança com criptografia, e que está sendo discutido com a GS1 também. Somente as tags da nova tecnologia de 915MHz estão sendo vendidas pelas operadoras desde agora. A partir de 2014, as tags atuais de 5,8GHz passam a não funcionar mais”. De acordo com Pengue, os dois padrões são internacionais: 5,8GHz tem sido utilizado na Europa e 915MHz, pelos EUA.