Matéria do SBT Conexão Repórter sobre “Em busca da Igualdade” mostra as dificuldade dos cadeirantes diante do desrespeito dos demais concidadãos brasileiro.
O vídeo serve como exemplo para não se ter mais esses comportamentos, pois o futuro é feito do passado e presente. Quando crianças e adolescentes veem isso, o que se esperar delas no futuro?
Assista e depois leia a matéria abaixo sobre a agressão do delegado ao advogado cadeirante.
O delegado Damásio Marinho (foto ao lado), que estacionou seu carro em vaga de deficiente e, insatisfeito com a reclamação que ouviu, agrediu um advogado que se locomove em cadeira de rodas, vê o cerco apertar-se: ele foi afastado do posto, a denúncia do Ministério Público contra ele foi aceita pela Justiça; sua ex-mulher, que o acusa de agressão, está pronta a depor; e um respeitado coronel da Aeronáutica, Mohamed Ali Osman, já se dispôs a contar sua história.
É um caso espantoso: após um acidente de trânsito, o então capitão Mohamed foi à delegacia registrar um boletim de ocorrência. O delegado era amigo da outra parte, mandou o capitão calar a boca, algemou-o e enfiou-o numa cela – procedimento ilegal.
Delegado bate em cadeirante em briga por vaga especial em SP
Um advogado cadeirante apanhou de um delegado em São José dos Campos (91km de São Paulo), em briga por estacionamento em vaga pública reservada para pessoas com deficiência.
O advogado Anatole Magalhães Macedo Morandini, 35 (foto ao lado), diz que foi agredido com coronhadas.
Já o delegado Damasio Marino, por meio de seu advogado, afirma que não o bateu com arma de fogo, mas que lhe deu “dois tapas”.
A briga começou quando Morandini flagrou o delegado, que não tem deficiência, estacionado na vaga especial, em frente a um cartório na região central de São José, e foi tomar satisfações.
“Ele [delegado] me chamou de aleijado filho da puta. Eu fiquei enojado, e a única coisa que consegui fazer foi cuspir no carro dele, porque me senti desrespeitado.”
Ainda segundo Morandini, o delegado do 6º Distrito Policial da cidade, além de lhe dar coronhadas, também bateu em seu rosto com a ponta da arma.
Ele mostrou à reportagem uma camiseta com manchas de sangue, que diz ser consequência da agressão. Uma funcionária do cartório também diz que viu Morandini sangrando após a briga.
“Ele apontou a arma, fez mira. A única coisa que eu fiz foi virar o rosto devido ao trauma que já tenho”, contou o advogado, referindo-se ao tiro que levou durante um assalto, aos 17 anos, e que o deixou paraplégico.
Já o defensor do delegado diz que ele é que foi intimidado e que estava parado na vaga especial porque sua mulher está grávida.
A corregedoria da Polícia Civil abriu inquérito para apurar a suspeita de lesão corporal dolosa (quando há intenção ou se assume o risco de cometer o crime).