A Anfavea (Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores) confirmou, na manhã desta terça-feira, que os veículos que receberam a redução no IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) já começam a ser comercializados com novos preços.
Segundo a assessoria de imprensa da entidade, com o decreto sendo assinado pelo ministro da Fazenda Guido Mantega e publicado pelo Diário Oficial da União, a Anfavea estará pronta para seguir as determinações.
A mudança foi anunciada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. No caso de carros até 1.000 cilindradas, a alíquota do IPI foi reduzida de 37% para 30%. Para as empresas habilitadas no regime automotivo, passou de 7% para zero.
As medidas são voltadas ao setor automotivo e à indústria de bens de capital, segmentos diretamente afetados pelo agravamento da crise internacional. O pacote também inclui a redução das alíquotas do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) incidentes sobre o crédito para pessoa física e das taxas de juros do Programa de Sustentação do Investimento.
A medida é válida até 31 de agosto deste ano. Mantega anunciou que renúncia fiscal estimada para o período é de R$ 1,2 bilhão. O ministro relatou, ainda, o acordo firmado com o setor bancário público e privado, que prometeu aumentar o volume de crédito e o número de parcelas e reduzir o percentual de entrada e a taxa de juros.
http://www.band.com.br/noticias/economia/noticia/?id=100000505226
Notícia que agradará em muito os brasileiros que sonham em ter seu próprio meio de locomoção. Certo?
Vamos pensar. A cada dia milhares de carros são colocados nas ruas das principais cidades do Brasil. Entusiasmados, os proprietários de automotores saem às ruas com as novas aquisições. Já no trânsito se veem angustiados com as extensas filas de veículos a espera de deslocamento de outros veicula à frente. Fumaças, buzinas, palavreados, ônibus que fecha van, van que fecha ônibus, fila de carros estacionados irregularmente em frente de escolas. O caos.
Outra importante análise, o brasileiro está endividado, e o salário mínimo, pela conjuntura atual, e de o que vem pela frente, não dará possibilidades de sanar dividas em curto prazo. Credores, famintos por lucros, que sabem que as atuais políticas consumistas a um povo ignorante quanto à gestão de renda pessoal, oferecem créditos bancários, consignados. Isso é política eficiente para fazer o Brasil crescer economicamente? E o que dizer da poluição atmosférica? Quanto mais veículos particulares, mais gases tóxicos na atmosfera e nos pulmões dos brasileiros – e os planos particulares de saúde agradecem; e quantos processos existem sobre arbitrariedades de planos de saúde particular aos consumidores? E as vias terrestres abertas à circulação, estas estão preparadas para comportarem aumento de automotivos?
Pelo que se vê o brasileiro sorrirá sem se dar conta que chorará mais tarde pelo Cavalo de Tróia em mãos. Ao em vez de incentivar o crescimento econômico através de vendas de automotores, o Governo Federal deveria, que é de sua competência também, incentivar o comercio de bicicletas elétricas no país; baratas, menos poluidoras, e até proporciona exercício físico aos inúmeros brasileiros obesos, não é má ideia.
É preciso revisar as políticas de infraestrutura viária no Brasil, pois não dá mais para se transitar com conforto pelas vias. Ônibus em corredores expressos, por exemplo, são mais que importantes ao deslocamento de massa humana, mas, sim, meios eficientes quanto às reduções de engarrafamentos, consumo de combustível, horas perdidas pelos trabalhadores nas longas jornadas itinerantes de idas e vindas.
O que dizer, então, do Metrô, das linhas férreas? Boas para a economia brasileira, boas para o povo que se desloca com rapidez, segurança – quando as concessionarias administram eficientemente, e não colocam o dinheiro nos bolsos delas.
Para terminar. Que fique claro que o consumismo no Brasil é perigosíssimo, pois o brasileiro não foi educado quanto à gestão de suas riquezas pessoais. Se nos países de primeiro mundo, que receberam educação sobre gestão econômica, e mesmo assim existem endividados, o que diremos dos brasileiros ignorantes a este assunto?
Pensar é preciso!