Nos EUA foi emitido um veredicto excepcional na prática legal: um jovem de 16 anos, que há seis meses tinha atropelado em Burleson (Texas) quatro pessoas causando sua morte, foi condenado a 10 meses de liberdade condicional.
O jovem foi salvado por advogados caros: a corte não levou em consideração uma circunstância agravante – a de dirigir sob a influência de álcool. Os advogados conseguiram convencer o júri de seu cliente ser vítima da sociedade de consumo, riqueza e luxo.
A defesa soube atribuir a responsabilidade moral pelo acidente aos pais ricos que haviam estragado o filho com mimos. O autor do acidente deverá passar um curso de reajustamento em um reformatório confortável para adolescentes problemáticos, que custa meio milhão de dólares.
Tribunal norte-americano reconhece assassino como vítima de sociedade de consumo
Trânsito Escola – Os argumentos dos advogados do rapaz podem soar como estratégia descabida, mas não é. A economia gira em torno do consumismo desenfreado, sem responsabilidade das agências de publicidade e dos industriais, que desejam lucros e lucros.
A sociedade é hipnotizada por habilidosas publicidade seja por técnicas persuasivas, dissuasivas ou subliminares. As técnicas atuais começaram nos EUA com apelos emotivos e demonstrativos aos cidadãos do bloco oriental (URSS) visem quão maravilhosa era a vida democrática: carrões, casarões, tecnologias de ponta. O sonho americano do conforto, das oportunidades, do ser bem sucedido na vida.
A ideia contagiou demais países, como o Brasil, onde o ter era sinônimo de ser (status).Se não tem os objetos, cujos status são diferenciadores de classe social, o indivíduo seria classificado, rotulado, recolocado em posição, classe social.
Os comerciais de bebidas alcoólicas dão ideias vastas de como é a pessoa que consome certas bebidas:
- Homem tem mais facilidade de conseguir mulher;
- Aos tímidos a possibilidade real de ser sociável sem a menor dificuldade;
- O ter um copo na mão é ter mulher atraente;
- O beber é assunto para homens e não meninos;
- Consumidor é ser feliz.
Algumas técnicas usadas para cativar e gerar consumismos. Seja nos EUA, no Brasil, ou qualquer parte do mundo, não se pode mais admitir que publicidades façam do ser humano apenas um repositório de ideais capitalistas (consumismo) sem responsabilidades social, econômica e ambiental. A saúde do ser humano não tem qualquer valor quando se vê analisa publicidades de alimentos, bebidas industrializadas. A obesidade, por exemplo, é um dos legados da falta de consideração à saúde humana, onde sal, açúcar e gorduras são adicionadas como formas de provocar consumismos assombrosos, compulsivos, já que tais ingredientes são primordiais as funções cerebrais (bainhas de mielina).
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Está mais do que oportuno, e urgente, o controle, a vigilância ostensiva sobre as publicidades “viciantes”, aos ingredientes usados nos alimentos industrializados. A maioria dos seres humanos vivem em megacidades e se tornam cobaias nas mãos das indústrias alimentícias. Sim, os publicitários, as agências publicitárias, assim com as indústrias alimentícias devem ser responsabilizadas já que entram nas mentes e nos corpos dos cidadãos metropolitanos que são “obrigados” a consumirem o que se tem nas prateleiras dos supermercados, o que é muito diferente de morador em região rural cuja liberdade de escolha começa no plantio, preparo dos alimentos.