trânsito Escola – Enquanto as autoridades públicas se preocupam com o bem-estar do povo – e não tem como ser diferente diante da visibilidade máxima de dez metros provocada pelo nevoeiro poluidor – no Brasil se faz o contrário, o incentivo de consumismo aos automotores particulares.
A mobilidade urbana brasileira é digna de ensaios e discursos acadêmicos, mas que se perdem na vida prática. O próprio Governo Federal, numa tentativa de manter o saldo da economia positiva, não mediu esforços para que o povo corresse loucamente para as agências veiculares. O transporte público brasileiro é uma mistura de O Massacre da Serra Elétrica com Alice no País das Maravilhas deixando um torpor nas mentes desavisadas quanto o que seja mobilidade urbana.
Assim, mais doentes surgem graças ao aumento de veículos particulares (gases lançados pelos canos de descargas). Doenças que vão desde problemas respiratórios até elevação da pressão sanguínea. O pior de tudo é saber que no verão a umidade do ar fica abaixa da recomendação pela OMS deixando as mucosas nasais ressecadas, assim como os brônquios. Umidade baixa, quantidade exorbitante de automotores, sim, mais doentes surgiram.
A mobilidade urbana deve começar a ser discutida, planejada e colocada em prática. Não se pode mais pensar em um único setor sob condição de colapso econômico, pois saúde tem a ver com o equilíbrio economia. O próprio Código de Trânsito Brasileiro preconiza:
“Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;” (grifos nosso)
Ora, como ter segurança se condutores de automotivos de passeio poderão dirigir sem atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito (artigo 169) já que com a baixa umidade do ar doenças respiratórias são mais propensas?
Como se pode ter fluidez se o deslocamento dos automotores se faz pela velocidade média de 30 km/h?
Como se pode ter defesa ambiental se gases são lançados na atmosfera pelos automotores? Defender o que já está sendo ainda mais destruído?
Discernir é preciso. Participar como cidadão na defesa da saúde humana, da preservação ambiental, da qualidade de vida não pode ser mais delegado somente ao bel-prazer dos governantes.
“Pequim, 23 out (EFE).- A Prefeitura de Pequim vai colocar em uso medidas de emergência contra a poluição, como o fechamento de fábricas e limites à circulação de veículos, quando a contaminação atmosférica em níveis perigosos para a saúde durar por mais de três dias consecutivos”. (Yahoo)