Trânsito Escola – O Governo Federal adiou a obrigatoriedade de Air Bag e freios ABS em todos os veículos produzidos no Brasil. Contrariando as resoluções 311 e 312, do CONTRAN, o Governo Federal, mais uma vez, nos mostra o quanto de preocupação, de engajamento à mobilidade urbana tem.
Primeiro foi a política de desenvolvimento econômico com reduções de IPI sobre automotores e incentivos ao consumismo. As vias públicas ficaram mais que saturadas de automotores indo em contramão da mobilidade urbana, que em demais países está há anos luz.
O privilegiar de mais automotores particulares nas vias públicas traz vários prejuízos, sim, econômicos ao país. Mais automotores particulares nas vias, mais estresse se provoca nos brasileiros. As doenças psicossomáticas se desencadeiam tornando a vida insuportável. A própria economia brasileira, agonizante (inflação), sente os malefícios quando mercadorias e produtos demoram para chegarem aos seus destinos, a perda de alimentos nas vias públicas por demora (congestionamentos), aliada as péssimas condições das vias também geram enormes prejuízos econômicos ao Brasil.
A filosofia do Governo Federal, de adiar, não condiz com a mobilidade urbana, que tem a ver muito com a saúde humana (artigo 6°, da CF/1988, o direito à saúde). A justificativa do adiamento se baseia no prejuízo que poderia ocorrer à economia – diga-se indústrias automobilísticas – se os dispositivos de segurança (lê-se preservação da vida humana) fossem exigidos no momento.
Ora, o que vale mais, senão a vida humana. Mas ao que parece a vida dos usuários de vias terrestres não tem o mesmo quantum de importância quando se vê consumismo e “desenvolvimento” econômico. Importante, e que se frise bem, saber que quanto mais veículos motorizados nas vias, sem as devidas seguranças, os usuários (pedestres, ciclistas e os próprios condutores de automotivos) estão em perigo de vida.
Os freios ABS estão presentes, e são obrigatórios, em muitos países do mundo, assim como o Air Bag. Na contramão de tudo que se possa imaginar quanto à segurança nas vias públicas, o Governo Federal mais uma vez nos dá a dimensão de sua “importância” à vida, que deve ser defendida, preservada preventivamente. Sem os equipamentos de segurança há acidentados com graves ferimentos, que poderiam ser evitados com tais equipamentos de segurança veicular, o que ocasiona caos econômico desde feridos, internações hospitalares, caos no Sistema único de Saúde, aposentadorias precoces por invalidez etc.
