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quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Somente um carro fabricado no Brasil recebeu a classificação máxima de segurança em colisões

Pela primeira vez, um carro fabricado no Brasil recebeu a classificação máxima de segurança em colisões do Programa de Avaliação de Carros Novos da América Latina (Latin NCap). O novo EcoSport, produzido pela Ford na Bahia desde 2012, foi classificado com cinco estrelas no teste que avalia a segurança dos ocupantes numa batida.

Também receberam essa pontuação o Ford Focus, produzido na Argentina, e o Volkswagen Jetta, feito no México, ambos vendidos no País. O Hyundai HB20S, fabricado pela Hyundai em Piracicaba (SP), e o Malibu, importado pela General Motors dos Estados Unidos, ficaram com quatro estrelas.


O resultado dessa nova etapa de testes, feita a cada seis meses, foi divulgado na quarta-feira, 27. As etapas anteriores, realizadas a partir de 2010, mostraram que muitos carros adquiridos pelos brasileiros não eram seguros.


De 26 modelos avaliados, 11 receberam uma ou duas estrelas, o que os caracteriza como inseguros na classificação internacional. Na avaliação, cada automóvel é submetido a uma colisão a 64 km/h contra obstáculo deformável, que simula outro carro. São usados bonecos e sensores que imitam pessoas e avaliados impactos e ferimentos que resultariam da colisão.


Em maio, uma reportagem da agência Associated Press distribuída no mundo todo definiu os carros brasileiros como "mortais" ao relacionar os resultados dos testes da Latin NCap e o número de mortes por acidentes de veículos no País.


O EcoSport e o HB20 haviam sido testados em março, quando tiveram classificação de quatro e três estrelas, respectivamente. Passaram por mudanças para corrigir falhas, voltaram a ser testados e reclassificados com melhores notas.


"Esta é uma mudança real que nos beneficia a todos, ocupantes de veículos, sistema de saúde, setor de seguros e governos", afirma a presidente do Latin NCap, Maria Fernanda Rodríguez. No caso dos últimos cinco modelos testados, as próprias fabricantes patrocinaram a avaliação, bancando custos com envio dos carros para a Alemanha, onde ocorrem os testes. "As marcas que contam com veículos seguros e aquelas que se esforçam por melhorar querem demonstrá-lo", diz.


Para o diretor técnico do Global NCap, Alejandro Furas, "com mais carros cinco estrelas, reduz-se a brecha entre o mercado da América Latina e de outros locais", como Europa, Estados Unidos e Japão.


Maria Inês Dolci, coordenadora da Proteste - associação de consumidores que participa da Latin NCap -, reconhece o avanço dos veículos brasileiros, mas diz que ainda há muito a ser feito, principalmente em relação à segurança das crianças.


O resultado dos testes para os pequenos passageiros que viajam em cadeirinhas na parte traseira do veículo deu quatro estrelas para Focus e Jetta, três para EcoSport e HB20S e apenas uma para o Malibu.


Maria Inês lembra ainda que a obrigatoriedade de airbag e ABS em 100% dos carros novos a partir de janeiro "sem dúvida vai ajudar a melhorar a segurança dos carros brasileiros". Ressalta, contudo, que a medida demorou a ser adotada e "poderia ter preservado muitas vidas".


Mudanças


Segundo a Ford, a melhora na classificação da segurança para adultos do EcoSport não foi resultado de mudanças estruturais em relação ao modelo testado em março. "Só acrescentamos aviso sonoro para alertar o passageiro sobre a falta do uso do cinto, sistema que já existia para o motorista", diz uma porta-voz.


O que ajudou na melhora da pontuação do utilitário, segundo ela, foi a mudança no protocolo da Latin NCap, que passou a fazer teste com batida lateral. Antes, era apenas frontal.


A Hyundai informa que foram feitos ajustes no painel do HB20, lançado em 2012, com o uso de estrutura que se deforma melhor, reduzindo impactos nas pernas dos passageiros. A empresa também instalou sinal sonoro de aviso da falta do cinto. A Volkswagen informa que o Jetta foi avaliado pela primeira vez e a GM não comentou o desempenho do Malibu. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Trânsito Escola – É preciso frisar que a ótima pontuação quanto à segurança se deu por critérios novos na avaliação, ou seja:

“(…) mudança no protocolo da Latin NCap, que passou a fazer teste com batida lateral. Antes, era apenas frontal.” e

“’Só acrescentamos aviso sonoro para alertar o passageiro sobre a falta do uso do cinto, sistema que já existia para o motorista", diz uma porta-voz’”.

A estrutura do carro é a mesma, o que nos leva a pensar que a insegurança continua para os motoristas. O problema no Brasil é que as indústrias automobilísticas manda e desmanda graças às políticas de desenvolvimento econômico, mesmo que o cidadão corra riscos nas vias terrestres.

A mobilidade urbana no Brasil é assunto às organizações de Direitos Humanos, pois as vias, em geral, não oferecem segurança aos usuários devido a precária manutenção à sinalização, da pista de rolamento; em alguns casos não existem sinalizações,quando existem são colocadas erroneamente, ou permanecem cobertas por vegetação. Pior é saber que a grande maioria das vias no Brasil estão em péssimas condições, de forma a gerar intermináveis acidentes de trânsito.

A culpa, claro, não se deve somente a ineficiência do Sistema Nacional de Trânsito, mas de políticas de Governos que não resolvem este problema secular no Brasil. O Brasil só faz algo quando há eventos estrangeiros, pois, do contrário, espera-se acontecer acidentes terríveis para se fazer algo a respeito.

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