Para quem recebe um salário mínimo por mês, realidade presente na vida de boa parte dos soteropolitanos, desembolsar quase R$ 1 mil para iniciar o processo de aquisição da Carteira Nacional de Habilitação é quase uma missão impossível. Como os valores cobrados pelas autoescolas estão além das condições de muita gente, a maioria deposita na Escola Pública do Detran todas as chances de conseguir a primeira habilitação. Por ano, mais de um milhão de baianos acessam o site da instituição na tentativa de conseguir uma das cinco mil bolsas oferecidas pelo órgão.
Destinadas a pessoas que tenham renda de até um salário mínimo e estudado desde o Ensino Fundamental na rede pública de ensino, as vagas ofertadas pela Eptran são direcionadas a um público diferenciado, segundo informou a coordenadora da escola, Ana Cristina Regueira.
“O processo seletivo é muito democrático, feito em duas fases: a inscrição pela internet e a comprovação da documentação”, explicou. Para ela, a grande busca dos ensinamentos da escola é resultado dos preços elevados das autoescolas particulares, unido à credibilidade da instituição. “O objetivo da escola pública não é só formar pessoas habilitadas e sim motoristas conscientes sobre a responsabilidade e os perigos que o trânsito pode oferecer”, continuou.
De acordo com a coordenadora da Controladoria Regional de Trânsito do Detran, Patrícia Lago, setor responsável pelas vistorias das autoescolas particulares, a Bahia possui 360 escolas de trânsito funcionando regularmente, 80 em Salvador. Em média, os valores cobrados para a primeira habilitação na categoria B (veículo) estão em torno de R$ 800, R$ 500 para a categoria A (moto), mas os preços podem mudar de acordo com o bairro e o padrão oferecido pela empresa. “O Detran não pode ditar o preço cobrado pelas autoescolas”, ressaltou, destacando que apenas nos casos de cobranças abusivas, o órgão pode intervir.
Patrícia orienta que antes de efetuar a matrícula, o candidato deve entrar em contato com o Detran para verificar o rendimento da empresa. “A ouvidoria recebe reclamações de alunos e isso ajuda o órgão a intensificar a fiscalização. Entre as principais queixas estão reclamações referentes a instrutores, metodologia aplicada por eles e a demora na marcação das aulas e dos exames.
Para quem aguarda a abertura de novas vagas no Eptran, a escola não terá processo seletivo este ano, devido ao acúmulo de candidatos da última seleção. Segundo a coordenadora da escola, novas vagas devem ser oferecidas em fevereiro do próximo ano.
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