A Comissão de Educação aprovou no último dia 5 o Projeto de Lei 7028/13, que cria varas especializadas para julgar crimes de trânsito com o objetivo de coibir a violência nas estradas. A criação dessas varas especializadas deverá ser obrigatória apenas para cidades com mais de 500 mil habitantes.
Keiko Ota: o currículo atual já está congestionado.
O projeto ainda prevê a criação de promotorias e delegacias especializadas em crimes de trânsito.
A proposta, de autoria do deputado João Caldas (SD-AL), também prevê a inclusão da disciplina “Educação para o trânsito” no currículo do ensino fundamental. Mas, por sugestão da relatora, deputada Keiko Ota (PSB-SP), a comissão excluiu esse dispositivo da proposta.
Keiko Ota argumentou que a educação para o trânsito já é componente curricular da educação brasileira e a determinação legal é que a temática seja tratada de forma interdisciplinar e não na forma de disciplina obrigatória.
A relatora também explicou que a Comissão de Educação tem procurado restringir a inclusão de novas disciplinas nos currículos escolares porque esta é uma competência do Ministério da Educação com o auxílio do Conselho Nacional de Educação.
João Caldas, no entanto, continua defendendo a inclusão de uma disciplina exclusiva para educação no trânsito nos currículos escolares.
Tramitação
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Íntegra da proposta:
PL-7028/2013
Reportagem - Sílvia Mugnatto
Edição – Natalia Doederlein
'Agência Câmara Notícias'
Trânsito Escola – Com certeza, a inclusão de uma disciplina exclusiva para educação no trânsito nos currículos escolares é um fomento para a diminuição de acidentes de trânsito, que são superiores a 50 mil, por ano. O próprio CTB prioriza a educação, e não punições.
O que vem ocorrendo é a proliferação de radares (fiscalização de velocidade e avanço de semáforo na cor vermelha), sem, contudo, ter o mesmo investimento na área de educação. Se punição fosse a base da civilidade, países que têm a pena de morte seriam exemplos de civilidade. Pelo contrário, a educação é visível em países como Japão, Suécia e Suíça.